Palmeira e Douglão na luta
PEDRO ROCHA
Nos bastidores de uma das duas equipas que ainda não sofreram qualquer golo para o campeonato, o caos tomou conta parcialmente da defesa. A irónica maldição teve início na véspera do jogo com o Setúbal, quando Ewerton sofreu uma entorse na tibiotársica; e voltou a manifestar-se, com gravidade, no treino de sexta-feira, durante o qual Nuno André Coelho sofreu uma rotura de ligamentos no joelho direito. De repente, apenas sobram dois centrais e o raciocínio mais óbvio será adivinhar a estreia de Douglão no jogo com o Gil Vicente, ao lado de Paulo Vinícius. Na verdade, a equipa técnica do Braga não é por esta altura tão taxativa: o jovem Palmeira também deve ser levado em conta, entre outras soluções do Vizela (ler coluna à direita). O recurso a jogadores do clube-satélite já não é uma prática nova (Aníbal, agora no Covilhã, era o central preferido de Domingos Paciência) e Leonardo Jardim também apostará forte neste filão.
Com pouco mais de uma semana de treinos na Pedreira e sem qualquer pré-época nas pernas, Douglão está naturalmente aquém da plenitude física e a sua experiência e estatura elevada (mede 1,93 m) não bastam, como argumentos, para convencer o treinador, um acérrimo adepto do máximo rendimento. Os próximos dias serão, por isso, decisivos para o ex-defesa do Kavala (Grécia), cujo certificado internacional ainda não terá chegado a Portugal, mas é certo que Jardim tem Palmeira na algibeira. Aliás, já na última jornada, no seguimento da lesão de Ewerton, o central português foi chamado de urgência aos convocados para o jogo do Bonfim, tendo assistido no banco de suplentes à estreia de Nuno André Coelho e à segunda vitória da equipa.
Para quem queria o palmeira!