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O regresso

O presente artigo marca o regresso deste espaço de opinião, depois de cumprido o tradicional período de férias, e com ele fica, desde já, o registo do meu apreço pelos leitores que o seguem de modo habitual. Desde a última vez que escrevi, o SC Braga perdeu a Supertaça, que disputou em Aveiro, para o Sporting e o mercado de verão provocou algumas mexidas em Braga, assim como noutras paragens, de modo inevitável, diria eu. Penso que no balanço global, entre entradas e saídas, o SC Braga ficou mais equilibrado, tanto financeira como desportivamente. A este tema poderei voltar no futuro próximo, de um modo mais detalhado.

A liga portuguesa já tem disputadas quatro jornadas, havendo o registo de duas vitórias, um empate e uma derrota, esta na Pedreira frente ao Sporting, num hábito negativo recente frente aos leões que urge corrigir no futuro.

O alívio das restrições da pandemia permitiu o retorno do público na segunda jornada, que em Braga coincidiu com a única e indigesta derrota até agora registada na liga portuguesa. Este foi um regresso que me apraz registar, pois o local natural dos adeptos é na bancada e não num qualquer sofá frente a um ecrã, devolvendo ao futebol uma das essências que justifica a sua existência.

O último fim de semana teve, na Pedreira, a disputa do dérbi maior do futebol português, entre o SC Braga e o Vitória SC, cuja rivalidade ficou agora bem mais vincada com a presença de público, ainda que de modo condicionado. As diferenças foram notórias para os últimos clássicos do Minho, que se disputaram com as bancadas despidas, em imagens que faziam doer a alma de qualquer adepto que se preze. O nulo verificado deu um ponto a cada equipa, premiando o desempenho defensivo vimaranense e castigando a falta de eficácia bracarense. Este resultado interrompeu uma série de vitórias consecutivas do SC Braga neste dérbi, o que deixou um travo amargo no universo braguista, uma vez que a equipa de Carvalhal fez o suficiente para conquistar os três pontos, exceto na marcação de golos, que são quem dita as leis ao nível dos resultados. De modo global, esteve em campo uma equipa que quis ganhar e não conseguiu, e outra que não quis perder e que conseguiu. Uma nota positiva para a exibição de André Horta que surge cada vez mais solto e influente, e promete fazer uma grande época em Braga.

A agressividade positiva colocada em campo, numa pressão alta vista a espaços, permitiu aos bracarenses duas recuperações de bola, uma na primeira parte, em que havia vantagem numérica atacante, e outra na segunda parte, em que Mario González ficava isolado, que criaram vantagem ofensiva bracarense, mas que Nuno Almeida não percebeu como legal e anulou indevidamente. O VAR facilmente corrigiria um eventual erro, que nos casos mencionados não existiu, o que agrava o erro. Com isto, o árbitro teve uma influência involuntária no desfecho final. Além disso, que já é muito, o árbitro concedeu o curto período de quatro minutos de descontos, beneficiando o infrator, uma vez que além das dez substituições, houve diversos momentos em que notoriamente os visitantes “queimaram tempo”. Esteve mal, Nuno Almeida, um árbitro que até aprecio.

Uma nota final para o sorteio da fase de grupos da Liga Europa 2021/2022, realizado na cidade turca de Istambul, que colocou no grupo do SC Braga o Estrela Vermelha, da Sérvia, o Ludogorets, da Bulgária e do Midtjylland, da Dinamarca. Em teoria o sorteio foi simpático, mas veremos se o estatuto de cabeça de série é confirmado na prática.

 

In Diário do Minho de 02-09-2021

Foto SC Braga

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