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NOTÍCIAS DO ENORME DO DIA 18/04
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NOTÍCIAS DO ENORME DO DIA 18/04
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Carvalhinha
Carvalhinha Equipa Principal
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  NOTÍCIAS DO ENORME DO DIA 18/04
« em: 18 de Abril de 2006, 08:00 »
Paços de Ferreira vence em Braga
 
Paços de Ferreira vence pela primeira vez em Braga (3-2) e conquista três pontos importantes na luta pela manutenção. Bracarenses sofreram um golo claramente irregular e tudo fizeram para dar a volta ao marcador, mas sem êxito.
 
Ainda não foi desta que o Sp. Braga carimbou presença na Taça UEFA, mas este objectivo está ao seu alcance (mantém-se no quarto lugar), apesar da derrota diante do Paços de Ferreira (a primeira no reduto dos «arsenalistas»), que averbou três pontos importantes na luta pela permanência.

O Paços de Ferreira apresentou-se em Braga claramente disposto a lutar pelos três pontos, utilizando a sua melhor «arma», o contra-ataque rápido, enquanto ao Sp. Braga cabiam as «despesas» do jogo, apostando no ataque continuado. Didi, a figura do jogo, colocou os pacenses em vantagem logo aos 13 minutos, os bracarenses reagiram, mas revelaram-se ineficazes na finalização, cabendo a Vandinho, à beira do intervalo, a melhor oportunidade para igualar o marcador, isolado diante do guarda-redes Pedro.

Jesualdo Ferreira apostou «tudo» na segunda parte para mudar o rumo do jogo. Primeiro com a entrada de Castanheira, que colocou ordem no meio-campo arsenalista, depois com as entradas de Cândido Costa e Kim. Esteve quase a conseguir esse objectivo, mas a sua equipa sofreu rude golpe aos 54 minutos, quando o árbitro validou um golo claramente irregular. Júnior rouba a bola a Paulo Santos para lá da linha de fundo, progride em direcção à baliza e eleva a vantagem dos pacenses para 2-0. As bancadas do Municipal de Braga agitaram-se, houve tentativa de invasão de campo, sendo que o maior responsável pela validação do golo foi o auxiliar de Carlos Xistra.

Galvanizado, o Paços de Ferreira respirava tranquilidade e esteve muito perto de marcar o terceiro golo, aos 65 m, quando Edson, isolado, permitiu a defesa de Paulo Santos. Mas o Sp. Braga, equipa experiente, não baixou os braços. Delibasic, aos 69 m, reduziu a desvantagem. Faltava muito jogo e os adeptos bracarenses acreditaram que ainda era possível a reviravolta, mas logo a seguir (70 m) Didi, mais uma vez, encarregou-se de refrear o ímpeto ao adversário ao facturar mais um golo de belo efeito.

O Sporting de Braga balanceado no ataque, mas a deixar espaços para o contra-ataque pacense, cada vez mais ténue. Aos 80 m, João Tomás é derrubado na área de rigor e, chamado a transformar a grande penalidade, reduziu a desvantagem para 2-3. A pressão bracarense intensificou-se nos minutos finais, mas agora era tempo de o Paços de Ferreira segurar os três pontos.

Estádio Municipal de Braga

Árbitro: Carlos Xistra (Castelo Branco)

SP. BRAGA – Paulo Santos; Luís Filipe (Cândido Costa, 57 m), Wellington, Nem e Rossato; Frechaut (Castanheira, 46 m), Andrés Madrid (Kim, 64 m) e Vandinho; Delibasic, Wender e João Tomás.

PAÇOS DE FERREIRA – Pedro; Primo, José Fonte, Luiz Carlos e Fredy (Geraldo, 36 m); Paulo Sousa, Pedrinha e Júnior; Edson (João Paulo, 87 m), Didi e Rui Dolores (Alexandre, 75 m).

Ao intervalo: 0-1

Golos: 0-1, Didi (13 m); 0-2, Júnior (54 m); 1-2, Delibasic (69 m); 1-3, Didi (70 m); 2-3, João Tomás (81 m, de grande penalidade).

Resultado final: 2-3

Cartão amarelo a Luiz Carlos, Primo, Paulo Sousa e Didi.

In A Bola

******************

Sp. Braga-P. Ferreira, 2-3: Era prà 2.ª e foi prò 3.º
FORASTEIROS RESPONDEM COM GOLO AOS GRITOS PROVOCADORES DAS BANCADAS


Grande passo em frente do Paços rumo à permanência perante um Sp. Braga que acordou tarde e que acabou a massacrar o adversário

Valiosa vitória do Paços no Municipal bracarense, onde só o V. Setúbal ganhou, e uma resposta ainda melhor aos adeptos bracarenses que, na bancada, mandaram os pacenses para a 2.ª Divisão várias vezes. Está visto que não é esta propriamente a disposição dos pupilos de José Mota, heróis de uma partida que podia também ter confirmado, como praticamente está, o Sp. Braga na Taça UEFA.

Antes de atacarmos o prato principal, importa destacar que este foi um daqueles jogos que fazem do futebol um desporto tão popular. Mesmo com os pacenses a vencer por 3-1, o destino nunca foi uma porta fechada, houve sempre emoção, algum teatro e, como não podia deixar de ser nos tempos que correm, até asneira da grossa da equipa de arbitragem.

Grande arranque

O Paços entrou muito bem e aos 2’ já tinha feito dois remates. Frente de ataque bem aberta, confirmando-se a equipa amarela com o atrevimento de que falou recentemente Jesualdo Ferreira. A vitória foi sempre o seu objectivo e esta determinação, mais do que a táctica ou a sorte do jogo, foi sempre o mais importante.

O Sp. Braga, que tem o campeonato feito e vive a pequena frustração de não ter conseguido atacar a Liga dos Campeões, pagou bem uma atitude menos activa nos primeiros minutos. Quando acordou, já perdia por 1-0, na sequência de um golaço de Didi, que rematou em arco desde a quina da área.

Rossato e João Tomás responderam mas Pedro estava lá para ripostar ao ponta-de-lança. Pedro e mais dez bravos. É por aqui que os adeptos bracarenses começam a querer empurrar o Paços para a 2.ª... A primeira parte termina com Vandinho a falhar na cara de Pedro (o chapéu saiu alto) e Jesualdo retoca o meio-campo no reatamento. Mas o Paços não queria mesmo ir para a 2.ª e Júnior marca o 2.º golo da sua equipa. Um golo anedótico e um erro de palmatória do árbitro assistente Luís Castainça, de Viseu, e do seu chefe Carlos Xistra. A bola ultrapassou claramente a linha de fundo quando Júnior, esperto, a roubou do guarda-redes Paulo Santos e correu com ela para a baliza deserta.

Tudo por tudo

Jesualdo não está satisfeito e faz mais duas mudanças, passando a ter em campo toda a sua artilharia pesada, Tomás, Delibasic e Kim. O Paços aproveita a reorganização e a alguma desorientação do seu opositor para se atrever ainda mais um pouco e Edson, servido por Rui Dolores, falha estrondosamente o 3-0. Pedrinha, pouco depois, também está quase a marcar mas atrapalha-se...

O “chuveirinho” bracarense era já um aguaceiro e Delibasic acabou por aproveitar uma bola que sobrou de Pedro, após uma cabeçada de João Tomás. 1-2. Jogo relançado. Mas estavam ainda os adeptos bracarenses a festejar e já Didi se assumiu em definitivo como o homem do jogo. Edson trabalhou na direita, cruzou e Didi rematou de 1ª para o 3º golo. Vitória pacense garantida? Nada disso. A equipa de arbitragem entra de novo em acção e equilibra nos erros. Desta vez é o assistente João Santos, do Porto, a assinalar o que Xistra manifestamente não viu, até porque deixou o jogo prosseguir: uma pretensa carga na área de Primo sobre João Tomás. Uma bela queda artística, isso é que foi. Até ao fim, foi só sofrimento para o Paços, que ainda viu uma bola, cabeceada por João Tomás, bater na barra. E depois, ufa, acaaaaabou!

Árbitro

Carlos Xistra (1). Um trabalho manifestamente prejudicado elos seus dois assistentes, que de tal tiveram mesmo muito pouco ou nada. O 2º golo do Paços, então, é um lance inacreditável e que deixou, e com razão, a equipa da casa em estado de choque.

In Record

******************

O golpe do golo fantasma

Uma exibição surpreendente dos pacenses comprometeu a ambição minhota, aproveitando da melhor forma o desnorte de que foram acometidos os locais depois de um erro clamoroso do árbitro assistente, que validou o segundo golo depois da bola ter estado fora do campo
JORGE FONSECA

A partida de ontem à noite fez todos quantos estiveram no Estádio Municipal esquecer que se vivia a época da Páscoa, consagrada ao perdão, à tolerância. Duas equipas à procura de metas diferentes acabaram permeáveis aos erros de uma equipa de arbitragem que nunca esteve à altura do jogo, teve influência no desfecho e contribuiu, também, por complacência, para que alguns jogadores, claramente de cabeça perdida, tivessem permanecido em campo. A televisão mostrou e poderemos estar perante mais dois sumaríssimos. Com pôde ler-se anteriormente defrontaram-se duas equipas em busca de diferentes horizontes, o Braga pronto para garantir a presença na Taça UEFA depois dos deslizes do Boavista e do Nacional (uma vitória e estava feito!) enquanto o Paços de Ferreira, mais terra a terra, apenas queria ganhar para se afastar da linha de despromoção.

Foi a lutar por isso que os castores começaram o jogo, colocando um trio de avançados muito velozes e sem posição fixa, com o primeiro sinal da vontade férrea dos homens da Capital do Móvel a surgir logo aos 30 segundos num remate de Didi que Paulo Santos segurou à segunda. Povoando de forma exemplar o meio-campo, os pacenses conseguiam duas coisas: aniquilar cedo as tentativas de saída para o ataque dos minhotos; partir com grande celeridade para o contragolpe. Decorrente disto, o jogo do Braga não tinha profundidade e perdia-se na linha intermédia, com muitos passes errados. E foi num desses lances que surgiu o golo pacense, num pontapé fabuloso de Didi depois de deixar Wellington para trás.

Estavam jogados 14 minutos e só depois os arsenalistas ousaram acreditar, ainda que parcialmente. Ou seja, com Frechaut e Delibasic a não funcionar, era pelo lado esquerdo, num vaivém constante que Rossato fazia funcionar Wender e companhia, pois do outro lado, com Rui Dolores intratável, Luís Filipe não saía de perto. E assim começou o festival de golos perdidos dos avançados bracarenses, aqui e ali ultrapassando a previsibilidade que jogar pela ala esquerda dava mostras.

Entretanto, Fredy lesiona-se e entra Geraldo, numa adaptação que não foi aproveitada pelos locais que arriscaram sofrer o segundo golo num remate fortíssimo de Rui Dolores que saiu a centímetros da barra. Na outra área, a falta de pontaria encontrava eco no chapéu falhado de Delibasic no primeiro cara a cara com Pedro.

Do intervalo veio Castanheira no lugar de Frechaut, mas foram os castores a marcar, num lance entre Paulo Santos, que protege a saída da bola, e Júnior que a “recupera” e, com a autorização do árbitro, faz o golo, num lance que precipitou o fim da paciência dos locais que, antes de pensarem em recuperar da desvantagem, se viram forçados a recuperar a calma, de tal forma foram vividos os minutos seguintes. Na baliza pacense Pedro continuava a chegar para tudo até que uma acção conjunta de João Tomás e Delibasic deu em golo. A esperança durou apenas alguns segundos já que novo contra-ataque – em que o Braga pagou a factura de ter apenas dois defesas para dois avançados – fez Didi bisar.

Faltavam jogar 20 minutos, mas só foi preciso esperar dez para que o Braga marcasse novamente, num penálti cobrado por João Tomás. Depois foi sofrer até final.
 

Ficha de jogo

Estádio municipal de Braga | relvado: bom | espectadores: 11.503 | árbitro: Carlos Xistra, Castelo Branco | assistentes: João Santos, Luís Castainça | 4º árbitro: Francisco Bizarro

Braga 2 - Paços de Ferreira 3

GOLOS [0-1] Didi 14', [0-2] Júnior 53', (1-2) Delibasic 69’, (1-3) Didi 70’, (2-3) João Tomás 80’gp,

1 Paulo Santos GR
20 Luís Filipe LD 57’
4 Nem DC
29 Wellington DC
8 Rossato LE
23 Madrid MD 63’
17 Frechaut MO 45+
88 Vandinho MO
19 Delibasic AD
15 Wender AE
9 João Tomás AV
T: Jesualdo Ferreira
12 Marco GR
3 Paulo Jorge DC
29 Wellington DC
13 Carlos Fernandes LE
16 Sidney MD
14 Castanheira MO 45+
30 Cândido Costa AD 57’
27 Kim AV 63’

Amarelos 53' Paulo Santos

12 [4+8] remates à baliza
6 [4+2] remates fora
12 [6+6] faltas cometidas
8 [3+5] pontapés de canto
4 [2+2] foras de jogo

1 Pedro GR
2 Primo LD
5 José Fonte DC
14 Luiz Carlos DC
21 Fredy LE 36’
6 Paulo Sousa MD
25 Júnior MD
8 Pedrinha MO
7 Edson AD 87’
33 Rui Dolores AE 76’
9 Didi AV
T: José Mota
24 Peçanha GR
3 Geraldo DC 36’
20 Alexandre MD 76’
29 Júnior Bahia MO
13 Renato Queirós AD
99 Ronny AV
26 João Paulo AV 87’

Amarelos 39' Luiz Carlos, 45' Primo, 45+4' Edson, 51' Paulo Sousa, 85’ Didi

[3+3] 6 remates à baliza
[4+2] 6 remates fora
[11+8] 19 faltas cometidas
[0+3] 4 pontapés de canto
[1+1] 2 foras de jogo

O Braga um a um

Paulo Santos 5
Sem culpas nos lances dos golos. No primeiro foi surpreendido pela rapidez de execução de Didi e pela colocação do remate. Adiou o terceiro com uma grande defesa quando Edson lhe surgiu isolado pela frente. Não há de que o acusar.
 
Luís Filipe 4
Apanhou pela frente um Rui Dolores endiabrado e perdeu demasiados lances. Foi subindo a espaços para tentar apoiar o ataque, sem resultados.

Wellington 4
Incapaz de segurar os dianteiros adversários. No primeiro golo deixou-se ultrapassar por Didi e no terceiro não conseguiu evitar o cruzamento de Edson para Didi.

Nem 4
Os dianteiros pacenses não lhe deram sossego, deixando-o em dificuldades em variadas ocasiões. No terceiro golo Didi aparece nas suas costas. Intranquilo na abordagem ao jogo, coleccionando passes errados.

Rossato 5
Foi dos que mais remaram contra a maré, tentando alongar a equipa no terreno com subidas rápidas. Os seus cruzamentos levaram sempre muito perigo à área adversária, como as 14’, quando obrigou Pedro a uma boa defesa.

Madrid 4
Voltou a mostrar-se muito lento e pouco eficaz nas tarefas defensivas.

Frechaut 3
Exibição muito apagada, denotando grandes dificuldades para romper e para fazer jogar os companheiros mais adiantados.

Vandinho 4
Errou muitos passes e não conseguiu fazer uso da sua boa técnica. Teve nos pés o empate no final do primeiro tempo, mas acabou por atirar por cima da barra quando apenas tinha Pedro pela frente.

Delibasic 5
Um golo que relançou a partida depois de muito tempo sem oportunidades para aparecer.

Wender 5
Se na primeira parte rendeu pouco em virtude da marcação de Primo, na segunda foi subindo de produção e acabou por ser o principal dinamizador do ataque.

João Tomás 6
Marcou um golo, assistiu Delibasic para outro, e ainda cabeceou à barra na fase terminal do encontro.

Castanheira 5
Tentou rentabilizar o seu potente remate, obrigando Pedro a algumas defesas complicadas.

Cândido Costa 5
A partir do momento em que entrou a equipa ficou mais acutilante.

Kim 4
Fartou-se de tentar ludibriar os defesas contrários mas sem sucesso.

Jesualdo Ferreira
”Foi um jogo viciado!”


Jesualdo Ferreira considerou que o Braga-Paços de Ferreira “foi um jogo viciado”, referindo-se à forma como foi obtido o segundo golo visitante. “Acho que o Braga não entrou bem, mas a partir do golo, um excelente remate do jogador do Paços de Ferreira, foi mais pressionante. Aconteceu um segundo golo e a partir daí o jogo ficou viciado, com um resultado injusto”, comentou sobre o golo validado a Júnior. Apesar da revolta, o treinador dos bracarenses deixou ao aviso que “os pontos que nos foram tirados não nos vão tirar aquilo que queremos”, voltando a reforçar a ideia que o Braga “foi penalizado de um forma que não é bonita” e sublinhando que a decisão do árbitro no lance do segundo golo “não devia existir num campeonato profissional e acabou por tirar mérito à vitória” do Paços de Ferreira.

In O Jogo
« Última modificação: 18 de Abril de 2006, 08:21 por Carvalhinha »
 

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