Battaglia de volta ao ‘onze’ para ajudar os guerreiros a renascer
Miguel Machado

Vencer amanhã o Estoril-Praia, na 20.ª jornada da I Liga, é sem dúvida o melhor remédio para a equipa dos Guerreiros do Minho sarar as feridas da ‘semana negra’ passada, onde averbou duas derrotas seguidas, com o Moreirense, na final da Taça da Liga, e com o Rio Ave, para o campeonato. Desaire em Vila do Conde obrigou o treinador Jorge Simão a voltar a reunir as tropas arsenalistas e adivinha-se, claramente, uma resposta categórica na partida de amanhã, em casa, frente aos estorilistas. Até porque a equipa do SC Braga tem, forçosamente, de iniciar um novo ciclo triunfante, para fazer face aos objectivos propostos de atingir a meta dos 65 pontos no campeonato.

Para a recepção ao Estoril, o treinador do SC Braga já pode contar com o médio argentino Rodrigo Battaglia, jogador novamente com a folha disciplinar limpa, após ter cumprido castigo com os vilacondenses. E o regresso de Battaglia pode, finalmente, proporcionar a Jorge Simão fazer a dupla do meio campo que tanto furor fez no “seu” Desp.Chaves: Battaglia e Assis.

Já sem Xeka no plantel — uma vez que saiu para os franceses do Lille — e também sem o montenegrino Vukcevic disponível, porque foi expulso na passada quinta-feira, após ter agredido um jogador adversário, o treinador do SC Braga terá de reinventar o meio campo dos Guerreiros, e o recurso a uma dupla que bem conhece pode ser o “motor” ideal para o renascimento da equipa bracarense.
Também já operacional na equipa está o reforço emprestado pelo Valência, o extremo Cartabia, que chegou a estar convocado para Vila do Conde, mas saiu da lista por falta de autorização da Liga de Clubes.
Para ultimar a estratégia para a partida de amanhã, o plantel do SC Braga realiza hoje de manhã o último treino de preparação, e no final Jorge Simão fará a antevisão da partida.

Correio do Minho

INVASÃO DO TREINO A EXIGIR RESULTADOS
Meia centena de adeptos interpelaram Jorge Simão e os jogadores no treino deste sábado

O treino do Sp. Braga, sábado de manhã, foi invadido por cerca de meia centena de elementos das claques, que pediram justificações ao treinador Jorge Simão e aos jogadores pelas últimas derrotas. A tensão foi grande nos momentos iniciais pois o grupo de trabalho não sabia quais as intenções dos adeptos, mas após um curto diálogo tudo ficou mais calmo. As críticas em relação aos resultados foram alargadas à atitude de alguns elementos do plantel, com os adeptos a exigirem que todos se esforcem mais para dignificar a camisola do Sp. Braga.
Poucos minutos depois, os elementos das claques abandonaram o relvado para que a sessão de trabalho se desenrolasse com normalidade, mas com a promessa de que no final poderiam falar com responsáveis. Já com a presença de António Salvador, Jorge Simão e os capitães ouviram as reclamações dos adeptos. A resposta foi clara: a equipa vai reagir rapidamente e os bons resultados vão aparecer. Recorde-se que, sob a orientação do novo treinador, o Sp. Braga ganhou apenas cinco jogos e leva três derrotas nas últimas quatro partidas: em casa com o V. Guimarães, na final da Taça CTT com o Moreirense e em Vila do Conde, na quinta-feira.

Ameaças

Esta não é a primeira vez que os adeptos invadem um treino. Em 2013/14 foram dois os incidentes idênticos, o último dos quais com ameaças diretas aos jogadores.

Autor: Ricardo Vasconcelos

Record

Battaglia rende castigado Vukcevic

Após duas derrotas consecutivas, Jorge Simão deverá apresentar algumas mudanças no onze com o Estoril. Battaglia está de volta e rende o castigado Vukcevic, reeditando com Assis o meiocampo do Chaves. Mas haverá mais trocas: o central Ricardo Ferreira está disponível e pode voltar à titularidade, enquanto Alan ameaça o lugar de Ricardo Horta.


Sp. Braga com liderança posta à prova

O Sp. Braga coloca hoje a sua liderança à prova, num dos jogos em teoria mais difíceis da temporada, em casa frente ao terceiro classificado, o Valadares-Gaia. As minhotas seguem na frente, com dois pontos de vantagem sobre o Sporting e, por isso, o treinador arsenalista, João Marques, não admite facilidades às jogadoras. “Vamos defrontar uma equipa que luta pelo título. O coletivo é o ponto forte do Valadares, criando muitas dificuldades aos adversários. Estamos preparados, mas sabemos que vamos defrontar uma equipa muito organizada. É mais um jogo decisivo, como serão todos até ao fim”, explicou o treinador das bracarenses ao site do clube.
Sporting na luta
Quem estará interessado no resultado deste jogo é o Sporting, dois pontos atrás na classificação e com jogo marcado para casa do último classificado, o Viseu 2001. O treinador, Nuno Cristóvão, espera mais um triunfo: “Não teremos em conta a classificação do adversário. Precisam de pontos para assegurar a permanência e jogam num campo com as dimensões mínimas obrigatórias, o que torna tudo mais difícil para nós. Temos de encarar o jogo como uma final, para continuarmos a depender de nós para chegar a um dos objetivos da época: sermos campeões.” * 15.ª JORNADA
Viseu 2001-Sporting A-dos-Francos-Boavista Belenenses-Estoril Vilaverdense-Ouriense
Sp. Braga-Valadares Gaia Clube Albergaria-Fut. Benfica Ferreirense-CAC Pontinha


Erivelto acaba com longo jejum

Um golo de Erivelto permitiu ao Sp. Covilhã triunfar no terreno do Sp. Braga B, um resultado que lhe fugia fora há quase dois meses. Curiosamente, a última vitória dos serranos como visitantes tinha sido... em Braga, quando eliminaram a equipa principal dos arsenalistas da Taça de Portugal. Numa 1ª parte fraca, foi perto do intervalo que Erivelto marcou, encostando um cabeceamento de Mike, na única oportunidade de golo até então. No recomeço, o Sp. Braga B entrou dominador mas, em duas oportunidades, falhou o empate.

RECORD

BATTAGLIA E ASSIS RETOMAM PARCERIA
Jorge Simão vai juntar pela primeira vez a dupla que tanto sucesso teve em Chaves; números confirmam eficácia desta sociedade de médios

A nova dupla de médios do Braga perdeu apenas por duas vezes em Chaves (com o Benfica e FC Porto), num total de 15 jogos em que foram titulares em simultâneo

Jorge Simão vai estrear amanhã uma nova dupla de médios, com Rafael Assis e Battaglia juntos pela primeira vez em Braga depois de uma primeira metade de temporada de grande sucesso em Chaves. O castigo de Vukcevic – expulso por agressão a Guedes na partida de Vila do Conde – ajudou a antecipar aquela que era, há muito, a fórmula que Simão pretendia implementar no meio-campo arsenalista, com um jogador mais agressivo do ponto de vista defensivo (Assis) e outro com maior capacidade de transporte de bola (Battaglia).
Esta parceria está identificada com a ideia de jogo de Jorge Simão, foi trabalhada em Chaves durante meses, e estará amanhã junta pela primeira vez no Municipal de Braga. No entanto, as circunstâncias são diferentes – agora, a pressão é maior e, como disse Paulinho no dia da apresentação, empatar em Braga “não é suficiente”, ao contrário do que acontecia em Chaves –, mas Assis e Battaglia trazem com eles os bons resultados. Em Chaves, a dupla foi utilizada em simultâneo na equipa titular em 15 ocasiões, tendo registado apenas duas derrotas: na receção ao Benfica (0-2) e na deslocação ao Dragão (2-1). Em ambos os casos, os golos dos dois primeiros classificados do campeonato só surgiram nos últimos 20 minutos.
Este registo é bastante significativo, sobretudo se for comparado com o de Jorge Simão desde que chegou a Braga: quatro derrotas em apenas dez jogos, o dobro daquelas que o treinador tinha somado em Chaves num total de 17 partidas.
Para além do regresso de Battaglia, o onze do Braga não deverá registar mais nenhuma mudança relativamente ao jogo com o Rio Ave, mesmo que Marcelo Goiano já esteja a trabalhar sem limitações e disponível para o embate com o Estoril. Neste caso, a boa exibição de Baiano–foi, a par de Assis,um dos melhores da equipa – deverá ser suficiente para lhe garantir a continuidade no lado esquerdo da defesa.


Hassan em dúvida para a final

Depois de ter perdido a meia-final devido a uma lesão, Hassan está agora em dúvida para a final da CAN’2017 com os Camarões, que se realiza hoje (19h00). O avançado está com uma “inflamação na pélvis”, segundo informaram os responsáveis da seleção do Egito, e pode não estar disponível para jogar. O Braga tem acompanhado a situação à distância, sendo certo que Hassan regressará a Portugal na próxima semana. O problema físico não é grave, e, mesmo que falhe a partida de hoje, o internacional egípcio poderá voltar a competir brevemente pelo Braga.



Miguel Pedro

Tudo contribui para a depressão

As arbitragens não têm sido felizes nos últimos jogos do SC Braga

Depois da derrota contra o Rio Ave, comentei com um amigo que a equipa do SC Braga (entenda-se, jogadores, técnicos e mesmo dirigentes) era uma equipa deprimida. Ao “googlar” o termo depressão, uma das definições que aparece é a seguinte: “Depressão é uma perturbação na qual são experienciadas emoções de angústia, tristeza, frustração, desânimo, desmotivação, resultantes de experiências traumáticas vividas no passado, das quais ainda não nos conseguimos libertar.” Aí percebi que não é só a equipa que está deprimida, mas também a grande maioria dos adeptos. Na verdade, as mais recentes “experiências traumáticas”, ou seja, perder em casa contra o rival de Guimarães, perder contra o Moreirense na final da Taça CTT e, agora, contra o Rio Ave desencadearam uma série de reações típicas dos processos de depressão. Alguns adeptos viram-se para o tradicional “vocês são uma vergonha” cantado para os jogadores e técnicos; outros viram-se contra a administração da SAD, imputando-lhe a causa deste estádio depressivo. Os jogadores, em campo, demonstram desnorte tático, tristeza no jogo e, em casos pontuais, como foi o de Vuckevic no infeliz lance da cabeçada a Guedes, reações de impulsividade violenta. Mas correm e esforçam-se e lutam muito, disso ninguém se poderá lamentar. Mas o facto de tal esforço e luta ser inglória agrava ainda mais a depressão. O treinador tenta ter um discurso positivo, mas o certo é que não colhe junto dos jogadores, nem dos adeptos. Na verdade, Jorge Simão nem conseguiu ter junto dos adeptos aquele período de “estado de graça” ou de “benefício da dúvida” que os novos treinadores costumam ter. António Salvador bem tentou reagir à derrota da Taça CTT com duas sonantes contratações no fecho do mercado de inverno: Fransérgio e Dyego Sousa. Mas os efeitos positivos desta “injeção de novidade” – a mensagem presidencial de que se “está a preparar o futuro” – não colheram junto dos adeptos. O futebol vive, como sabemos, do momento, dos resultados de cada jogo. O estádio de depressão nem sequer permitiu saborear as contratações e constatar que, na verdade, são bons reforços para a próxima época. Porque é nesta época que estamos, preocupa-nos o “hoje” e a depressão adensa-se. E, como sabemos, quando as coisas estão mal, quando estamos em baixo, ainda nos pisam mais. As arbitragens não têm sido felizes nos últimos jogos: o penálti da final é, no mínimo, estranhíssimo (na verdade, há mais de 40 anos que vejo futebol em muitos campeonatos e nunca vi um penálti assinalado quando o guarda-redes tem a bola agarrada e, ao deslizar, derruba o avançado….e acho que vão passar mais 40 anos até que veja outro.). Contra o Rio Ave, o fiscal de linha na primeira parte deveria estar receoso ou perturbado com o vento e levantava a bandeira em cada ataque bracarense, estivesse ou não o avançado em fora de jogo. O árbitro achou por bem, também, não dar segundo cartão amarelo ao defesa do Rio Ave que placou Baiano quando este se iria isolar. Ou seja, tudo a ajudar a que o estado depressivo se agrave. É urgente curarmo-nos desta depressão. E, no futebol, a medicação melhor é ganhar jogos. Venha o próximo comprimido para ver se nos curamos.

O JOGO

RECUPERAÇÃO SERRANA LIDERADA POR ERIVELTO
Uma segunda parte de domínio não chegou ao Braga B para evitar a derrota. Erivelto marcou pelo terceiro jogo seguido e o Covilhã soma seis pontos nos últimos dois encontros

Dilúvio em Braga, no 1.º de Maio, mas com a tempestade a dar mostras de deixar de assolar o Covilhã. Depois de oito jogos consecutivos sem ganhar, a formação orientada por Filipe Gouveia venceu o Braga B (na cidade onde registou, curiosamente, a última vitória fora de portas, mas diante da equipa principal, na Taça de Portugal) e carimbou o segundo triunfo consecutivo.
O reforço de inverno Erivelto foi a figura do encontro ao faturar pelo terceiro jogo consecutivo: Chaby cruzou da direita, Mike ganhou de cabeça ao segundo poste e o brasileiro apareceu a encostar, à ponta de lança, no coração da área, adiantando o conjunto de Filipe Gouveia no marcador a dois minutos do intervalo.
Em vantagem numa fase crucial do encontro, a equipa do Covilhã conseguiu segurar os três pontos na segunda metade. Apesar do sentido único imposto pelos arsenalistas, as redes mantiveram-se invioláveis, embora não por falta de tentativas. Os homens de Abel Ferreira foram acutilantes, criaram várias oportunidades, mas a bola teimou em não entrar. Aos 53 minutos, Bruno Wilson atirou à trave, na sequência de um pontapé de canto, sendo que antes disso já tinha sido anulado um golo a Ogana, por fora de jogo.
A nove minutos do final gritou-se golo no Estádio 1.º de Maio, a bola passeou-se pela linha de golo da baliza de Igor Rodrigues, mas a equipa de arbitragem não considerou que a tivesse ultrapassado.
O Braga B foi melhor, mas a capacidade de sofrimento do Covilhã valeu três pontos.


O JOGO

Jorge Simão admite momento duro e fala de adeptos no treino
Treinador do Braga salientou importância de alcançar uma vitória frente ao Estoril

O Braga vem de uma série de maus resultados, com a derrota na final da Taça da Liga pelo meio. O treinador Jorge Simão admitiu, em conferência de antevisão à partida, que não há que disfarçar o momento duro. "Se pretendo que o clube tenha esta ambição, isso acarreta pressão de quem torce e vive este clube. É impossível escamotear, é um momento duro e difícil. Mas perante isto só há uma cosia a fazer: ganhar ao Estoril. Um clube como este não está habituado a duas derrotas consecutivas para o campeonato. Temos de dar uma boa resposta."

Sobre os adeptos, o técnico admitiu que existiu uma conversa no treino de sábado, mas salienta que é algo que só acontece em clubes grandes. "Foi uma conversa pacífica. É o reflexo de clube grande, que tem grandes ambições. Sou eu o primeiro a fomentar esta relação entre os adeptos, claques e o grupo de trabalho. Foi uma abordagem pacífica, cordial e eles colocaram-nos os seus pontos de vista. Foi uma conversa aberta e é um reflexo natural de um clube que se quer tornar cada vez maior."

O JOGO

Jorge Simão diz que "é premente" o Sporting de Braga voltar às vitórias
O SC Braga defronta o Estoril-Praia amanhã.

Os minhotos recebem os estorilistas depois de terem perdido com o Vitória de Guimarães (em casa, 2-1) e Rio Ave (fora, 1-0) nas duas rondas anteriores e, pelo meio, terem também saído derrotados da final da Taça da Liga com o Moreirense (1-0).

"Se se pretende que um clube tenha esta ambição e visão de futuro, é óbvio que isso acarreta muita pressão de quem torce e vive este clube. É impossível de escamotear que vivemos um momento duro, mas perante isso, só temos um pensamento que é ganhar ao Estoril", afirmou na conferência de imprensa de antevisão dessa partida.

Em caso de vitória, os bracarenses podem voltar ao terceiro lugar, mas Jorge Simão prefere focar-se na meta que estabeleceu dos 65 pontos.

"Um clube como este não pode nem está habituado a duas derrotas consecutivas para o campeonato, é premente darmos uma boa resposta ao nível do resultado, se isso significa que retomámos o terceiro lugar, encantados, melhor ainda", disse.

O técnico revelou ainda ter havido uma conversa com adeptos das claques do Sporting de Braga depois do treino de sábado.

"Isto é um reflexo de um clube com ambições de clube grande. Num momento duro como este e num clube com estas legítimas aspirações, não pode haver leviandade com estes resultados. Sou o primeiro a fomentar esta relação empática entre adeptos, claques e o grupo de trabalho. Nós jogamos para eles, foi uma abordagem pacífica e respeitosa e eles colocaram os seus pontos de vista de forma cordial", disse.

Sobre a expulsão de Vukcevic em Vila do Conde, disse ter sido uma atitude que penalizou a equipa, mas que o médio "teve essa consciência no momento".

"Qualquer jogador que tenha uma atitude daquelas arrepende-se, mas não contem comigo para crucificar jogadores, todos erramos. Jamais crucificarei um jogador, a não ser que isso passe a ser uma rotina, um comportamento reincidente, mas ele fez questão, por ele próprio, de se desculpar perante todo o grupo de trabalho", disse.

Simão lamentou ainda a infelicidade do defesa central Ricardo Ferreira, que tem tido uma época marcada por lesões e ainda não está recuperado.

"O Ricardo Ferreira é um belíssimo central. É uma questão de condicionamento muscular, ele vem de um período muito difícil, uma operação complicada, regressou, fez alguns jogos e teve uma reincidência muscular que tem dificultado o seu regresso ao treino, mas está a caminhar a passos largos para voltar ao ativo", explicou.

Detalhou igualmente ter havido uma mudança no lote de 'capitães' de equipa.

"Essa foi uma das questões que falámos naquele 'meeting' com os adeptos. Na minha ótica, um 'capitão' não tem única e exclusivamente a responsabilidade de usar a braçadeira no dia de jogo, tem de ser um jogador cuja liderança tem de ser natural e não imposta, independentemente dos anos de clube, idade ou outra razão", disse.

Assim, o veterano Alan continua a ser o 'capitão' e depois, sem hierarquia, Pedro Santos, Rui Fonte e Wilson Eduardo, sendo que, além destes, também Artur Jorge participou no referido encontro com os adeptos.

A lista de convocados só será conhecida na segunda-feira, porque, no dia do próprio jogo, a equipa ainda vai realizar um treino.

Sporting de Braga, quarto classificado com 36 pontos, e Estoril, 16º com 15, defrontam-se na segunda-feira, às 21:00, no Estádio Municipal de Braga, numa partida que será arbitrada por Vasco Santos, da associação do Porto.


SAPO DESPORTO

Sp. Braga: treino de sábado invadido por adeptos
Jorge Simão confirmou conversa pacífica com adeptos e mudança na hierarquia de capitães

O treino deste sábado do Sp. Braga ficou marcado por uma invasão protagonizada por adeptos do clube minhoto. O apronto era para decorrer à porta fechada, mas alguns adeptos comparecerem nas instalações do clube para, de forma pacífica, abordarem o plantel às ordens de Jorge Simão sobre os resultados recentes da equipa.

Recorde-se que os bracarenses perderem em casa diante do rival V. Guimarães e perderam igualmente na deslocação a Vila do Conde, sendo que pelo meio falharam a conquista da Taça da Liga ao serem derrotados pelo Moreirense na final. O técnico Jorge Simão abordou essa invasão dos adeptos na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Estoril, considerando-a «normal» num clube ambicioso.

«É o reflexo de clube grande, que tem grandes ambições. Num momento duro como este, em que perdemos a Taça da Liga, perdemos com o Guimarães e após a derrota em Vila do Conde, é óbvio que, num clube que quer ser cada vez maior, não pode haver leviandade com estes resultados. Sou eu o primeiro a fomentar esta relação entre os adeptos, claques e o grupo de trabalho. Foi uma abordagem pacífica, cordial e eles colocaram-nos os seus pontos de vista. Foi uma conversa aberta e é um reflexo natural de um clube que se quer tornar cada vez maior», referiu o treinador.

Jorge Simão confirmou ainda que houve mudanças nos capitães de equipa, face ao afastamento de André Pinto das opções. «Houve uma mudança e foi isso que falámos na conversa com os adeptos. Na minha ótica, um capitão de equipa não é um jogador que tenha a responsabilidade de usar a braçadeira, mas que a liderança seja natural e não como algo imposto. A minha decisão prendeu-se com isso», sublinhou.

Alan mantém-se como capitão do Sp. Braga, sendo que o grupo de capitães é complementado por Pedro Santos, Rui Fonte e Wilson Eduardo.


Jorge Simão: «É impossível escamotear, estamos num momento duro»
Obrigatoriedade vencer o Estoril é «clarinho como a água», referiu o técnico na antevisão ao jogo com o Estoril

O momento que o Sp. Braga atravessa é «duro e difícil» e, por isso, para Jorge Simão «só há uma coisa a fazer», que é «ganhar ao Estoril» esta segunda-feira no jogo referente à 20ª jornada da Liga, um objetivo que para o treinador é «clarinho como a água». Vindo de duas derrotas na Liga, os minhotos podem voltar a ascender ao terceiro lugar, ultrapassando o Sporting.

«Importante é somar três pontos à luta dos 65. Um clube como este não está habituado a duas derrotas consecutivas para o campeonato. Temos de dar uma boa resposta. Se isso acarreta o regresso ao terceiro lugar, estaremos encantados da vida. Mas o foco são os 65 pontos», começou por dizer Jorge Simão quando questionado pela intenção bracarense de voltar ao pódio.

Na sequência da invasão pacífica dos adeptos ao treino, Jorge Simão não acredita que tal acontecimento não terá interferência direta no comportamento da equipa nem aumentará a responsabilidade dos seus jogadores. «Isso não difere de outro jogo. Se pretendo que o clube tenha esta ambição, isso acarreta pressão de quem torce e vive este clube. É impossível escamotear, é um momento duro e difícil. Mas perante isto só há uma cosia a fazer: ganhar ao Estoril», disse.

Relativamente ao Estoril, adversário da 20ª jornada, o treinador diz que o foco está naquilo que a sua equipa tem de fazer: «Acima de tudo, é um adversário. O foco está acima de qualquer outra questão, independentemente do adversário. Claro que não descuramos o adversário, mas o foco tem de estar no que temos de fazer. E temos de vencer o Estoril, isso é clarinho como água».

O embate entre o Sp. Braga e o Estoril está agendado para as 21horas desta segunda-feira no Estádio Municipal de Braga.

MAIS FUTEBOL

Jorge Simão confirma invasão no treino

Insatisfeitos com a série de resultados negativos, adeptos do SC Braga invadiram, na manhã de sábado, o treino da equipa. Jorge Simão confirmou o episódio, referindo ser «o reflexo de o SC Braga ser um clube com grandes ambições».

«Num momento duro como este, em que perdemos a Taça da Liga, perdemos com o V. Guimarães e com o Rio Ave para a Liga, é óbvio que num clube que quer ser cada vez maior não pode haver leviandade. Foi uma abordagem pacífica, cordial, onde nos colocaram os seus pontos de vista», explicou ainda o treinador.

Para Jorge Simão, a resposta do grupo deve surgir já esta segunda-feira na receção ao Estoril: «Só há uma coisa a fazer, ganhar ao Estoril. Não descuramos o valor do adversário, mas a nossa obrigação é vencer, isso é clarinho como água.»

Face à derrota do Sporting diante do FC Porto, os bracarenses podem novamente chegar ao pódio, mas o treinador salienta: «Confesso que o importante é a luta pelos três pontos e a luta para atingirmos os 65 pontos no final da época. Um clube como este não está habituado a 2 derrotas consecutivas para o campeonato e queremos dar uma boa resposta. Se isso acarreta o regresso ao 3º lugar, estaremos encantados da vida.»

A BOLA

“Estoril é ponto de viragem”
António Salvador garante que a equipa vai dar a volta após uma série de maus resultados.

O jogo com o Estoril vai ser o ponto de viragem nesta fase menos boa." As palavras de António Salvador, presidente do Sp. Braga, ao CM são elucidativas da importância do jogo de amanhã (21h00, em casa, com o Estoril), após três derrotas nos últimos quatro jogos sob o comando do técnico Jorge Simão. O líder arsenalista salienta que, apesar de a equipa estar fora das Taças, o objetivo no campeonato, que é alcançar um lugar europeu, "está intacto". Salvador não tem dúvidas: "Estou convicto de que vamos regressar às vitórias no próximo jogo". Sobre alguma contestação ao técnico Jorge Simão por parte dos adeptos, o dirigente desvaloriza por completo os assobios do último jogo com o Rio Ave (derrota por 1-0 em Vila do Conde). Para o jogo de amanhã com o Estoril, Jorge Simão, que hoje fala aos jornalistas em conferência de imprensa, não pode contar com o médio Vukcevic, expulso no jogo de quinta-feira. Quem deve regressar à equipa é o lateral Goiano (recuperado de uma lesão na coxa esquerda). Depois do jogo com o Estoril, os bracarenses deslocam-se ao terreno do Boavista antes de receberem o Benfica em jogo relativo à 22ª jornada da Liga. Desde que chegou à cidade dos arcebispos para substituir José Peseiro, Jorge Simão soma cinco vitórias, quatro derrotas e um empate em dez jogos. Ocupa atualmente o quarto lugar (já esteve em terceiro) e perdeu a final da Taça da Liga para o Moreirense (1-0).

CM

Jorge Simão diz que "é premente" voltar às vitórias
Minhotos recebem o Estoril na segunda-feira, após duas derrotas consecutivas

O treinador do Sporting de Braga, Jorge Simão, disse hoje, na antevisão da receção ao Estoril-Praia, na segunda-feira, que "é premente" voltar às vitórias depois de duas derrotas seguidas na I Liga de futebol.

Os minhotos recebem os estorilistas depois de terem perdido com o Vitória de Guimarães (em casa, 2-1) e Rio Ave (fora, 1-0) nas duas rondas anteriores e, pelo meio, terem também saído derrotados da final da Taça da Liga com o Moreirense (1-0).

"Se se pretende que um clube tenha esta ambição e visão de futuro, é óbvio que isso acarreta muita pressão de quem torce e vive este clube. É impossível de escamotear que vivemos um momento duro, mas perante isso, só temos um pensamento que é ganhar ao Estoril", afirmou na conferência de imprensa de antevisão dessa partida.

Em caso de vitória, os bracarenses podem voltar ao terceiro lugar, mas Jorge Simão prefere focar-se na meta que estabeleceu dos 65 pontos.

"Um clube como este não pode nem está habituado a duas derrotas consecutivas para o campeonato, é premente darmos uma boa resposta ao nível do resultado, se isso significa que retomámos o terceiro lugar, encantados, melhor ainda", disse.

O técnico revelou ainda ter havido uma conversa com adeptos das claques do Sporting de Braga depois do treino de sábado.

"Isto é um reflexo de um clube com ambições de clube grande. Num momento duro como este e num clube com estas legítimas aspirações, não pode haver leviandade com estes resultados. Sou o primeiro a fomentar esta relação empática entre adeptos, claques e o grupo de trabalho. Nós jogamos para eles, foi uma abordagem pacífica e respeitosa e eles colocaram os seus pontos de vista de forma cordial", disse.

Sobre a expulsão de Vukcevic em Vila do Conde, disse ter sido uma atitude que penalizou a equipa, mas que o médio "teve essa consciência no momento".

"Qualquer jogador que tenha uma atitude daquelas arrepende-se, mas não contem comigo para crucificar jogadores, todos erramos. Jamais crucificarei um jogador, a não ser que isso passe a ser uma rotina, um comportamento reincidente, mas ele fez questão, por ele próprio, de se desculpar perante todo o grupo de trabalho", disse.

Simão lamentou ainda a infelicidade do defesa central Ricardo Ferreira, que tem tido uma época marcada por lesões e ainda não está recuperado.

"O Ricardo Ferreira é um belíssimo central. É uma questão de condicionamento muscular, ele vem de um período muito difícil, uma operação complicada, regressou, fez alguns jogos e teve uma reincidência muscular que tem dificultado o seu regresso ao treino, mas está a caminhar a passos largos para voltar ao ativo", explicou.

Detalhou igualmente ter havido uma mudança no lote de 'capitães' de equipa.

"Essa foi uma das questões que falámos naquele 'meeting' com os adeptos. Na minha ótica, um 'capitão' não tem única e exclusivamente a responsabilidade de usar a braçadeira no dia de jogo, tem de ser um jogador cuja liderança tem de ser natural e não imposta, independentemente dos anos de clube, idade ou outra razão", disse.

Assim, o veterano Alan continua a ser o 'capitão' e depois, sem hierarquia, Pedro Santos, Rui Fonte e Wilson Eduardo, sendo que, além destes, também Artur Jorge participou no referido encontro com os adeptos.

A lista de convocados só será conhecida na segunda-feira, porque, no dia do próprio jogo, a equipa ainda vai realizar um treino.

Sporting de Braga, quarto classificado com 36 pontos, e Estoril, 16º com 15, defrontam-se na segunda-feira, às 21:00, no Estádio Municipal de Braga, numa partida que será arbitrada por Vasco Santos, da associação do Porto.

DN