Na sexta-feira uma pessoa amiga, no trabalho, intrigada perguntou-me, porque é que não estava triste? Respondi-lhe, dizendo que para mim a vitória é apenas um pormenor, o importante era participar, era estar junto daqueles que partilham o amor pelo Braga. Depois, expliquei-lhe que ser adepto das vitórias, daqueles que ganham, é fácil. É o processo social (aceitação) e psicologicamente mais fácil e, consequentemente a grande maioria das pessoas se associa aos grandes clubes, pois assim, elas sentem-se "grandes" também, mas equivocam-se uma vez que essa associação aos grandes corresponde ao reconhecimento, embora escondido, da sua pequenez e de uma estrutura psicológica cobarde, já que em sociedade é muito doloroso sair do normativo. Para finalizar, aproveitei para lhe "recitar" rearranjo de uns "versos" de uma canção de uma grande artista argentina, já falecida, Mercedes Sosa.
Dá-me alegria ao meu coração,
Ver-te jogar
Dá-me alegria ao meu coração,
Ver-te de vermelho e branco
Dá-me alegria ao meu coração,
O mundo pára para te ver jogar.