Paulo Fonseca: “Não nos vamos esconder, ambição é o que não nos falta”
Miguel Viana

O treinador do SC Braga considera que “é um exagero” dizer-se que o Benfica está mais fraco esta época, mas frisa a vontade dos guerreiros em vencer, hoje, os encarnados na 11.ª jornada da I Liga. “Não me parece que o Benfica esteja tão debilitado e fraco, é um exagero essa análise. Só porque perdeu dois jogadores importantes, o Maxi e o Lima? Para o lugar do primeiro já tem um internacional A (Nélson Semedo) e contratou dois avançados de grande qualidade, pelo que me parece injusto dizer o Benfica esteja menos forte”, afirmou na antevisão ao jogo.

Ainda sobre a suposta crise no Benfica, e as críticas Rui Vitória, Paulo Fonseca considerou natural que a mudança de treinador demore tempo a ser colmatada. “Saiu um treinador que esteve seis anos, treinador que por onde passa deixa marca, e as coias não acontecem de um momento para o outro. É preciso tempo dada a mudança que houve no Benfica”, referiu com fair play.
Sobre a turma da Luz poder estar a encarar este jogo como uma espécie de final, depois da eliminação da Taça de Portugal e de seguir em 4.º lugar no campeonato (com menos um jogo), disse não ser uma preocupação sua.

“A minha preocupação é prepararmo-nos para defrontar um adversário de grande qualidade, que vem aqui com o intuito de vencer. Uma equipa em crise não conseguiria de forma tão clara, a uma jornada do fim, o apuramento para a fase seguinte da Liga dos Campeões. No campeonato ainda falta muito para acabar”, comentou.
Paulo Fonseca não assumiu o favoritismo, mas garantiu que o SC Braga “vai entrar com a ambição com tem entrado para todos os jogos, para ganhar”.

Sobre as declarações do presidente da assembleia-geral da SAD do SC Braga, António Marques, que disse esta semana temer que a guerra entre Benfica e Sporting possa sobrar para os minhotos por poder funcionar como uma pressão sobre a arbitragem, Paulo Fonseca referiu: “parece-me que é uma preocupação legítima pois não queremos ser apanhados no meio. Mas temos um árbitro de qualidade e estou descansado”, disse.

O facto de ter mais 24 horas

 s para descansar em relação ao jogo com o FC Porto, contra quem jogou num domingo depois de receber o Marselha numa quinta-feira, é importante defendeu o técnico. “Na altura disse que isso nunca serviria de desculpa e não vai servir agora, mas é diferente jogar na segunda-feira e não no domingo. Mas é significativo e importante termos mais 24 horas de descanso e acho que vamos estar melhor preparados fisicamente do que no jogo com o FC Porto”, referiu.

Paulo Fonseca fez questão ainda de referir que uma eventual luta pelo 3.º lugar “é utópica”: “não quero iludir ninguém. Definimos de forma clara os nossos objectivos no início da época: que é apurarmo-nos para as provas europeias conseguindo, no mínimo, o 4.º lugar”, rematou.

Stojiljkovic e Román de volta ...Crislan e Rui Fonte de fora

A ausência de Crislan, herói do SC Braga na vitória europeia frente ao Slovan Liberec, na passada quinta-feira, é a principal nota da convocatória de Paulo Fonseca para ao jogo de hoje com o Benfica. O avançado brasileiro está lesionado, com uma contusão na coxa esquerda, e fica assim de fora da partida. Também riscado das opções do treinador do SC Braga está o avançado Rui Fonte, que não jogas por estar cedido por empréstimo pelo Benfica.

Em sentido inverso e sem surpresa, destaque para os regressos aos eleitos dos Guerreiros do Minho do avançado sérvio Stojiljkovic e do extremo espanhjol Juan Román, jogadores que falharam o jogo da Liga Europa da passada quinta-feira, por não estarem inscritos pelo clube bracarense na UEFA. De notar que o avançado Stojiljkovic regressa aos convocados do SC Braga e deverá mesmo ter entrada directa no onze, para fazer duopla no ataque com o avançado Hassan.

De resto, o treinador Paulo Fonseca não mexe muito em equipa ganhadora e nos habituais convocados. Nesta recepção ao Benfica, para além do avançado sérvio, o treinador arsenalista deve recuperar a fórmula nacional, não devendo haver muitas novidades para além do regresso do guarda-redes russo Kritciuk à baliza e eventual aposta no central André Pinto em vez do Ricardo Ferreira.

Correio do Minho

Vitória só ganhou a Paulo Fonseca nos juniores
VÃO DEFRONTAR-SE PELA 12.ª VEZ EM JOGOS OFICIAIS
 
Paulo Fonseca e Rui Vitória vão defrontar-se pela 12.ª vez em jogos oficiais. Até agora o saldo é favorável ao treinador do Sp. Braga, que venceu quatro jogos. Rui Vitória apenas festejou uma vez e registaram-se ainda seis empates.

O duelo entre estes dois treinadores começou na época 2005/06, quando ambos trabalhavam nos escalões de formação. Então no comando dos juniores do Benfica, Vitória venceu por 3-2 o Estrela da Amadora de Paulo Fonseca. Foi o primeiro jogo entre os dois técnicos. Na segunda volta a equipa amadorense empatou com as águias a dois golos. O primeiro confrontou na Liga teve lugar apenas na época 2012/13. O V. Guimarães de Vitória recebeu o Paços de Ferreira de Paulo Fonseca e no final houve empate a dois golos. Curiosamente, este foi também o resultado na época passada, no último jogo entre os dois treinadores.

Record

Sp. Braga-Benfica (antevisão): pódio de pedra
Guerreiros invictos na Pedreira defendem terceiro lugar do ataque de uma águia desfalcada.
Por Bruno José Ferreira 

MOMENTO

Sp. Braga: minhotos com o moral em alta depois de confirmada a presença nos 16 avos de final da Liga Europa, com um triunfo caseiro sobre o Slovan Liberec. Nos últimos treze jogos do Sp. Braga consta apenas uma derrota, no Velodrome, diante do Marselha. Para além disso, os arsenalistas contam com um registo imaculado na Pedreira, uma vez que ainda ninguém de lá ousou sair com o triunfo. Em oito jogos, os pupilos de Paulo Fonseca cederam apenas um empate.

Benfica: as águias carimbaram a passagem aos oitavos de final da Champions, com um empate no Cazaquistão diante do Astana, mas a forma como foi conseguido não deixou os adeptos satisfeitos, que já tinham ficado desagrados com a eliminação da Taça de Portugal aos pés do Sporting. Voltam a pairar desconfianças sobre o Benfica de Rui Vitória que, ainda que à condição, se desloca à pPedreira fora do pódio e atrás do Sp. Braga. Os encarnados apresentam-se desfalcados no Minho, com sete baixas.

AUSÊNCIAS

Sp. Braga: Crislan (lesionado) e Rui Fonte (emprestado pelo Benfica).

Benfica: Luisão, Sílvio, Salvio, Nélson Semedo e Fejsa (lesionados), Ederson e Samaris (castigados).

DISCURSO DIRETO

Paulo Fonseca (Sp. Braga): «Não nos vamos acomodar nem esconder desse facto de não termos a pressão de lutar pelo título, até porque ambição é coisa que não falta a estes jogadores, sei do que estou a falar, sei que quando entrarem em campo não vão olhar à dimensão nem ao estatuto do Benfica, porque realmente acreditam que é possível vencer este jogo difícil».

Rui Vitória (Benfica): «Amanhã sabemos que é um jogo difícil, não há outro caminho, é jogar para ganhar, à procura da vitória. Não há outra forma de enfrentar o jogo. Vamos a Braga para ganhar, seja com que jogadores forem. Temos um plantel com mais de vinte jogadores para isso mesmo. Amanhã quem entrar, vai estar preparado».

HISTÓRICO DE CONFRONTOS:

Os encarnados têm supremacia no que ao histórico de confrontos nas visitas à cidade dos arcebispos diz respeito. Num total de 68 embates, o Benfica soma 34 triunfos contra 16 dos bracarenses, registando-se ainda 18 empates. Uma tendência que, contudo, se tem esbatido nos últimos anos, uma vez que nas últimas dez deslocações à Pedreira as águias somam apenas três triunfos, sendo que os arsenalistas venceram em quatro ocasiões. Na época passada o Sp. Braga venceu por duas bolas a uma, com golos de Éder e Salvador Agra.

Sp. Braga-Benfica: o novo Clássico que Jesus apimentou
Oito épocas depois, bracarenses e encarnados medem forças sem Jorge Jesus pelo meio. Um duelo que cresceu, dentro e fora das quatro linhas, até ao estatuto de jogo grande
Por João Tiago Figueiredo     

Se, hoje, é banal e bem aceite dizer que os embates entre Sp. Braga e Benfica são sempre dos mais aguardados do campeonato, há dez anos, por exemplo, não seria bem assim. Esta segunda-feira escreve-se mais um capítulo de um «novo Clássico» do futebol português, desta feita com um condimento diferente: não há Jorge Jesus.

Desde 2007/08 que o, agora, treinador do Sporting tinha papel principal nos duelos. Não é, de todo, descabido sublinhar a importância do técnico no apimentar da rivalidade. Ele que começou em Braga, onde esteve apenas uma temporada, e de lá seguiu para a Luz, para seis anos de altos e baixos, muitos títulos e uma acesa disputa com a ex-equipa quase em todos os encontros.

Aliás, não há muito tempo, a cidade de Braga era conhecida pela imensa legião de adeptos do Benfica e, tal como acontece um pouco por todo o país, também o estádio bracarense se deixou, muitos anos, pintar com o vermelho do rival. Cenário que mudou drasticamente com o crescimento da equipa local.

O ponto de partida para esta análise, contudo, é a temporada 2008/09. O clima começa a esquentar a sério entre os dois emblemas, por causa de um jogo na Luz que o Benfica vence com um golo irregular de David Luiz. Jorge Jesus treinava o Sp. Braga e protagonizou uma conferência de imprensa para a história: «Lutar como? Só se for na Playstation.»

Foi o primeiro capítulo. Na Luz. Em Braga, contudo, centrar-se-iam as principais polémicas, durante as seis épocas de Jesus no emblema da capital (ver lista abaixo).

Márcio Mossoró, que joga atualmente no Basaksehir, da Turquia, foi protagonista de muitas batalhas. Afastado de Portugal desde 2013, o antigo médio bracarense, não tem dúvidas em assumir que, para o plantel, era «um jogo diferente».

«Encarávamos como se fosse um dérbi, como um Clássico. Sabíamos que era um jogo difícil e tínhamos de dar tudo. Conseguíamos surpreender na qualidade, sim, mas também na raça. Como se costuma dizer, vestíamos o fato-macaco. Íamos preparados para o pau, para a briga…», ilustra, em conversa com o Maisfutebol.

O brasileiro chegou a Braga no mesmo ano de Jorge Jesus e admite que o técnico desempenhou papel fundamental no crescimento desta rivalidade. «Ele influenciava bastante», atira entre risos.

«Acho que ele conseguia motivar as duas equipas. Arranjava sempre algumas provocações antes dos jogos que nos motivavam. É um treinador especial, dos melhores», elogia.

«O Benfica dava-me uma motivação especial»

Foram muitos os jogos com o Benfica em que Mossoró participou. Guarda memórias de alguns especiais, como «uma reviravolta de 2-1» em que fez o segundo golo. Ou a meia-final da Liga Europa. «O Benfica chegou a Braga completamente convencido que ia passar fácil», acusa.

E mais: «Também daquele célebre jogo do túnel que ajudou a que perdêssemos um campeonato que merecíamos ter ganho. Podíamos ter feito história. Ajudou-me a perceber como funcionam alguns poderes em Portugal.»

Foi em 2009/10. Na altura, à saída para o intervalo, gerou-se uma confusão no túnel de acesso aos balneários. O benfiquista Cardozo e o bracarense André Leone foram expulsos, mas os castigos maiores foram para Vandinho (três meses de suspensão), Mossoró (três jogos) e Ney Santos (dois jogos). Na altura o Sp. Braga de Domingos Paciência ganhou 2-0, mas, no final, apesar da boa réplica, o título foi para a Luz.

«Estive em muitos jogos com o Benfica. Muitos bons jogos. Acontecia também muitas coisas extra campo. Aprendi que faz parte. Acho que hoje o Benfica-Braga já é diferente. Há um novo Braga, se calhar uma equipa mais virada para a juventude. E o Benfica também não é o do Jesus. Já não se vê tanto o peito», diz Mossoró.

O médio assume ainda que, a título individual, era diferente jogar conta o Benfica. «A mim dava-me uma motivação especial, confesso. Foi muita coisa. Houve aquele jogo em que parti uma perna que me marcou muito. E também havia alguns jogadores que já marcávamos e gostávamos de trocar umas bocas», comenta, em tom de brincadeira.

«Jesus motivava mais do que o treinador do FC Porto»

Há um ponto, contudo, em que Mossoró não admite que se toque: o empenho da equipa, no geral, contra todos os adversários. Por exemplo, uma crítica habitual é de que os jogos com FC Porto e Sporting não são tão disputados, algo que, inclusive, já foi dito por dirigentes encarnados.

Ora, Mossoró lembra-se bem dessas questões e coloca ordem: «Isso era algo que me irritava. Colocava em causa o nosso caráter.»

«Por exemplo, já tivemos jogos de arrepiar contra o FC Porto. Lembro-me de um 2-1, de virada, para a Taça de Portugal. Também a final da Taça da Liga, que vencemos, fazendo um jogo incrível. Fizemos um jogo fantástico na final da Liga Europa, merecíamos ter ganho», enumera.

O brasileiro diz que quando dizem que não jogavam o mesmo «estão a colocar em causa» o profissionalismo de todos. «É verdade que o Jesus motivava mais do que o treinador do FC Porto, mas disso não temos culpa», brinca.

Por fim, sobre o jogo desta segunda, o primeiro sem Jesus em muitos anos, Mossoró vê a sua ex-equipa num momento mais positivo: «Parece-me que o Benfica não está tão forte, mas vai lutar pelo título, claro.»

«O Sp. Braga tem vindo a mudar de treinador todos os anos, este ano mudou também o esquema para um 4-4-2 e tem tido sucesso. O Sp. Braga está num patamar muito grande. Tem vindo a amadurecer, a crescer novamente e, acredito que em dois, três anos possa voltar a lutar pelo título. Acredito que um dia o Sp. Braga pode ser campeão em Portugal», remata.

TODOS OS SP. BRAGA-BENFICA COM JORGE JESUS:

2008/09, Liga: Quique atropela Jesus no adeus, sem playstation

O início de tudo, com Jorge Jesus do lado bracarense da barricada. Na primeira volta, na Luz, o Benfica vence com um golo de David Luiz em fora-de-jogo e o técnico bracarense solta uma frase que fica para a história: «Lutar pelo título no Sp. Braga, só na Playstation». Em Braga, na última jornada do campeonato, e já com intensos rumores a ligar ao técnico ao Benfica, a equipa de Quique Flores atropela. No início do segundo tempo já vencia por 3-0. Havia ainda que garantir o terceiro lugar, face à pressão do Nacional, e Quique conseguiu-o. Pouco depois saía para entrar o rival a quem ganhara.

2009/10, Liga: primeiro atrito a sério foi no túnel

Na primeira deslocação a Braga como treinador do Benfica, Jorge Jesus perdeu e o jogo fez faísca. Ao intervalo, já com os encarnados em desvantagem, uma confusão no túnel de acesso aos balneários resulta na expulsão de Cardozo e André Leone. Um jogador de cada lado. Contudo, algum tempo depois, após um inquérito levado a cabo, Vandinho recebe três meses de castigo, Mossoró três jogos e Ney Santos, que entretanto fora emprestado ao V. Setúbal, dois. O Sp. Braga disputou o título com o Benfica até à última jornada, mas foi na Luz que se festejou.

2010/11, Liga: Javi-Alan, agressão ou não?

O Benfica jogou em Braga já muito distante do líder FC Porto, que viria a ser campeão. Até começa a vencer, mas, perto do intervalo, um lance aparentemente inofensivo, junto à linha lateral e ao banco bracarense, faz rebentar a confusão. Javi Garcia alivia uma bola mas atinge Alan com o braço. Propositado ou não? Carlos Xistra considerou que sim e expulsou o espanhol. No livre, Hugo Viana empatou (com ajuda de Roberto). Na segunda parte, Mossoró fez o 2-1.

2010/11, Liga Europa: Dublin é para o Arsenal do Minho

O Benfica era favorito na meia-final da Liga Europa com o Sp. Braga, a surpresa da competição. Mas a equipa de Domingos Paciência saiu viva da Luz (perdeu 2-1), e adiantou-se relativamente cedo no jogo de Braga, com um cabeceamento certeiro de Custódio. Depois foi aguentar até ao final e festejar a inédita presença na final. Para a história ficou a imagem de Fábio Coentrão desperado após o apito final.

2011/12, Liga: o apagão e o racismo

Três vezes a luz foi abaixo, três vezes voltou. O Benfica não teve pejo em suspeitar dos apagões, considerando-os estratégicos. Artur Moraes, em ano de estreia na Luz depois de jogar em Braga, soltou mesmo um «sempre que o Benfica joga aqui acontece algo estranho». O jogo terminou empatado a um, mas prolongou-se depois quando Alan acusou Javi Garcia (velhos conhecidos…) de racismo. «Chamou-me preto», acusou. Até Eusébio comentou o tema chamando «estúpido» ao brasileiro: «Ele é preto. Devia ficar ofendido é se o chamassem de branco.»

2012/13, Liga: a primeira vitória de Jesus em Braga

Antes do jogo, Jorge Jesus deu o mote: «Alguma vez irei ganhar em Braga». E o triunfo lá chegou. O rival era treinado por José Peseiro mas cedo se viu em desvantagem (golo de Salvio aos 5 minutos), reforçada por Lima pouco depois da meia hora. O Benfica resolveu cedo, descansou, o rival ainda reduziu, perto do fim, mas não deu para mais. Do ponto de vista dos casos, apesar da expulsão de Haas, foi o jogo mais tranquilo em vários anos.

2012/13, Taça da Liga: a vingança de Quim

Dispensado por Jorge Jesus num programa televisivo, Quim encontrou abrigo em Braga e teve, na noite de 27 de fevereiro de 2013 o seu grito de revolta. Parou dois penáltis e colocou a sua equipa na final, após um nulo sensaborão. A forma efusiva como festejou, no final, foi sintomática. Após o jogo, mais um caso lamentável: o autocarro do Benfica foi apedrejado à saída de Braga.

2013/14, Liga: Benfica vence a caminho do título

Outra vitória do Benfica, outro jogo tranquilo em Braga. A equipa de Jesus estava perto do título, o Sp. Braga de Jorge Paixão pedia o final da época para um reset. Valeu um golo de Lima, num jogo em que os bracarenses quase nem assustaram.

2014/15, Liga: todos reclamam, mas o Sp. Braga ganha

Marco Ferreira foi o inesperado protagonista do embate que sorriu ao Sp. Braga (2-1, com reviravolta). Sérgio Conceição queixa-se de dois penátis por marcar, Jorge Jesus queria Santos expulso depois de atingir Talisca com a chuteira na cara, numa imagem arrepiante. Danilo seria expulso em cima do apito final. Marco Ferreira recebeu nota negativa nesse jogo e foi surpreendentemente despromivido no final da época, abandonando a arbitragem.

Maisfutebol

Mossoró magoado com o Sp. Braga: «Aqui valorizam-me mais»
Brasileiro revela que o clube lhe fechou as portas quando tentou regressar, depois da experiência na Arábia Saudita. Acabou na Turquia, onde se sente feliz. «Senti que não era lembrado pelas pessoas de dentro do clube», lamenta
Por João Tiago Figueiredo     

Deixou Portugal em 2013 para embarcar com Vítor Pereira na aventura do Al-Ahly da Arábia Saudita. Julgou que voltaria, mas começa a acreditar que não. Márcio Mossoró está na segunda temporada no Basakhesir, da Turquia. Está feliz.

À margem do comentário sobre a rivalidade entre o Sp. Braga e o Benfica, que viveu por dentro nas cinco temporadas em que vestiu a camisola do «Arsenal do Minho», o brasileiro, agora com 32 anos, abordou outros temas, em entrevista ao Maisfutebol, entre passado e presente, sempre com o futebol a dominar.

Da passagem pelo Médio Oriente ao carinho que ainda sente dos adeptos bracarenses, mas que, acha, não é partilhado no interior do clube que foi seu. Passando, lá está, pelo cenário atual, em que morde os calcanhares aos grandes da Turquia e em que se sente, em alguns pontos, num momento de forma como nunca encontrou em Portugal.

Como está a correr a experiência na Turquia? Que balanço faz deste ano e meio no Basakhesir?

Estou a gostar bastante. Está a correr muito bem. Estamos igualados com o Galatasaray e o Akhisar no terceiro lugar e estamos numa fase muito boa. Vamos com quatro jogos sem derrotas. Tem corrido super bem. Esperava que a adaptação fosse mais difícil, mas todo o mundo recebeu-me super bem e isso ajudou a que o meu futebol pudesse render rapidamente. O primeiro ano foi bom e este segundo está a correr ainda melhor.

Acha que está num dos melhores momentos da carreira, agora que tem 32 anos?

Estou num momento bom. Tive outros brilhantes no Sp. Braga, mas agora tenho mais idade e mais experiência. Percorri o futebol noutros países e acredito que estou muito mais maduro. Além disso, fisicamente e taticamente, acho que estou melhor do que em Braga.

Que diferenças principais encontra entre a Liga turca e a portuguesa?

No campeonato daqui o jogo é mais direto. Gosto mais do futebol de Portugal, sinceramente. Aqui é jogo mais rápido, menos técnico. Também é bom, aprendi bastante. Permite-me, também, ensinar bastante aos mais novos. Há três equipas grandes como em Portugal, que discutem o campeonato. Uma vez ou outra aparece um Trabzonspor ou um Bursaspor que se intromete, mas é raro. Nós também estamos a tentar entrar no meio deles. A maior diferença é que acho que as equipas médias são muito mais fortes do que em Portugal. Os três grandes de Portugal aqui teriam mais trabalho…

Deixou o Sp. Braga em 2013 para jogar na Arábia Saudita, no Al-Ahly. Foi na altura certa?

Creio que sim. Estava na hora de dar uma saída…Quando surgiu a proposta quis muito ir e trabalhar com o Vítor Pereira foi um ganho muito importante para mim. Gostei muito dele, é um treinador espetacular. Ainda não o defrontei aqui na Turquia, mas já estive bastantes vezes com ele a jantar, por exemplo. Ficamos com uma relação de amizade.

Do que viu da Liga da Arábia Saudita, pareceu-lhe um campeonato com potencial para crescer?

Não acredito. Acho que vai ficar por aquilo mesmo. Tem muitas limitações, como por exemplo com jogadores estrangeiros que impossibilitam um crescimento mais rápido. Mas tem as suas partes boas. É bom para a seleção de lá, por exemplo.

Pelo que dá para perceber no seu discurso a mudança para o Al-Ahly foi uma decisão muito bem pensada…

Pelo contrário. Foi numa boa altura, sim, e quis muito ir, sim, mas tenho de admitir que fiquei surpreendido por deixar o Sp. Braga. Houve outras alturas, antes disso, em que achava que podia sair e não se concretizou. Naquele ano achava que ia ficar, até já estava de férias quando surgiu a proposta. Não foi nada planeado. Aliás, gostava de me ter despedido de outra forma dos adeptos. Tenho um carinho muito grande por eles, ainda hoje recebo muitas mensagens.

Gostava de voltar um dia?

Está a ficar difícil. O tempo passa e a gente sabe que as coisas nem sempre são como gostaríamos que fossem. Depois de sair do Sp. Braga vi que as coisas não eram como eu imaginava. Gostava de voltar, mas, neste momento, não acredito que seja possível. Não está tão fácil como eu imaginava que fosse. Houve muitos que fizeram muito menos do que eu pelo Sp. Braga e voltaram. Eu, quando saí, sempre achei que um dia ia voltar, mas agora acho que não. Depois de sair a ligação perdeu-se. Senti que não era lembrado. Não estou a falar dos adeptos, deles só tenho coisas boas a dizer. Estou a falar de dentro.

Mas já tentou voltar?

Sim. Quando saí do Al-Ahly, antes de ir para a Turquia, fiz questão que houvesse contactos para perceber a situação. Fiz tudo. Só faltou oferecer-me…Se fosse pelos adeptos e pela minha vontade tinha voltado, nessa altura. Mas o Pedro Pereira, que era diretor desportivo, disse-me que não entrava nos planos do treinador [ndr. Sérgio Conceição]. Foi aí que comecei a ver que as coisas não eram como imaginava. Até porque a minha saída foi boa para o Sp. Braga na altura. Puderam encaixar algum dinheiro. Pensei que poderiam ter isso em consideração, mas percebi que não me viam da mesma forma.

Ficou magoado com o clube?

Fiquei muito magoado, muito triste e frustrado. Estive cinco anos no Sp. Braga e dei tudo sempre. Dei sempre tudo pelo melhor para o clube. Acho que consegui ajudar a valorizar o clube e a ser mais respeitado. Esperava ser visto de outra forma pelas pessoas de dentro.

Antes de consumar a saída, nomeadamente noutros defesos, teve outras oportunidades para rumar a outras paragens?

Houve outras abordagens, mas nunca apareceu algo real. Pelo menos que tenha chegado a mim. Mas hoje agradeço a Deus por ter sido assim. Sinto-me feliz, vim para a Turquia com um contrato de um ano, já renovei por dois e aqui sinto-me valorizado. Mais do que no Sp. Braga.

Maisfutebol

Benfica anseia vencer em Braga para se aproximar do 1º lugar
Mário Aleixo

Benfica anseia vencer em Braga para se aproximar do 1º lugar.
Os jogos entre Sp. Braga e Benfica são marcados pela elevada intensidade.
O Benfica visita o Sp. Braga apostado em chegar ao terceiro lugar.

Sp. Braga e Benfica defrontam-se no Estádio Municipal de Braga, a partir das 21h00, em jogo da 11ª jornada do campeonato da I Liga de futebol.

As duas equipas estão separadas por dois pontos com vantagem para os minhotos mas os lisboetas têm menos um jogo. Os "arsenalistas" somam 20 pontos enquanto as "águias" têm 18.

O Sp. Braga avança para o desafio com uma única baixa por lesão: Crislan.

O Benfica apresenta-se bastante desfalcado. Nelson Semedo, Sílvio, Luisão, João Teixeira, Djuricic e Salvio estão lesionados enquanto Ederson e Samaris se encontram a cumprir castigo.

Na conferência de imprensa de antevisão da partida o treinador do Sp. Braga, Paulo Fonseca, revelou que a equipa entrará em jogo determinada a vencer.

O técnico do Benfica, Rui Vitória, apesar das ausências e confrontado com a necessidade de lançar no jogo os jovens formados no clube não vacilou e deixou-lhes uma palavra de confiança.

O árbitro da partida é Hugo Miguel.

O Sp. Braga-Benfica terá relato na Antena 1 com o jornalista Fernando Eurico, a reportagem de Nuno braga e os comentários de Manuel Queiroz.

RTP

SC BRAGA E BENFICA SEPARADOS POR 2 PONTOS
Nem todos podem sorrir na Pedreira após apuramentos na Europa
Texto por Álvaro Gonçalves

SC Braga e Benfica defrontam-se, esta segunda-feira, na cidade dos arcebispos com 2 pontos a separá-los na tabela classificativa. Os arsenalistas estão à frente das águias, mas beneficiam do facto de terem mais uma partida disputada, uma vez que os bicampeões nacionais têm um encontro em atraso para cumprir, frente ao União da Madeira.

A época está a correr de feição ao SC Braga. Paulo Fonseca chegou no começo da temporada aos minhotos e de imediato começou a construir a sua obra, apostando no 4-4-2 que trouxe do Paços de Ferreira. Os resultados têm ajudado e nesta altura os arsenalistas estão em todas as frentes. Estão posicionados entre os quatro primeiros classificados da Liga, continuam em prova na Taça de Portugal e já têm o apuramento assegurado para os 16 avos de final da Liga Europa, alcançado, na última quinta-feira, com o triunfo por 2x1 sobre o Slovan Liberec. Refira-se, igualmente, que levam sete jogos consecutivos sem sofrer golos nas provas nacionais.

Por sua vez, a temporada não está a correr tão bem ao Benfica, apesar das águias estarem moralizadas por durante a última semana terem garantido matematicamente a presença nos oitavos de final da Liga dos Campeões, ao empatarem a duas bolas com o Astana, após terem estado a perder no Cazaquistão por 2x0. No entanto, sob orientação de Rui Vitória, os resultados estão um pouco aquém do que os adeptos esperavam nas competições nacionais. Apesar de terem menos uma partida disputada, os encarnados entraram na 11.ª jornada com 8 pontos de atraso para o Sporting, líder da classificação, e já foram afastados pelos leões da Taça de Portugal.

A diferença passa por...

BRAGA Alan O capitão do SC Braga parece viver uma espécie de segunda vida desde que Paulo Fonseca assumiu o comando técnico. O brasileiro assenta que nem uma luva no 4-4-2 e aos 36 anos é uma peça importante na manobra dos arsenalistas. Titular em nove dos 14 jogos que disputou, Alan é um jogador de quem o treinador não prescinde e a sua experiência pode fazer a diferença na receção ao Benfica.

BENFICARaúl Jiménez Moralizado pelos dois golos que apontou no Cazaquistão e que valeram o apuramento para os oitavos de final da Liga dos Campeões, Raúl Jiménez pretende dar continuidade à veia goleadora em Braga. No entanto, o mexicano trava um duelo interessante com Mitroglou por um lugar na frente de ataque, onde Jonas é presença certa.

"Queremos confirmar o bom momento que atravessamos, revelando a qualidade que temos vindo a evidenciar perante adversários deste estatuto. Vamos defrontar uma equipa que luta pelo título, que tem ambições diferentes das nossas, mas não nos vamos esconder"
Paulo Fonseca

"Tem feito bons resultados, está de parabéns pela qualificação na Liga Europa, é forte no seu reduto, mas vai também encontrar uma equipa com determinação e com o propósito de ganhar. Não enganamos ninguém nem o Braga engana ninguém"
Rui Vitória

Sabia que...

4 DERROTAS
BENFICA
Os encarnados têm sentido dificuldades a jogar fora de casa esta época: perderam metade dos jogos disputados (4 em , têm mais derrotas que vitórias, e só por uma vez não sofreram golos.

0 DERROTAS
SC BRAGA
O SC Braga já realizou 8 jogos em casa esta época, e ainda não perdeu, somando 7 vitórias e apenas um empate, frente ao Arouca.

31 VITóRIAS
HISTóRICO
O Benfica venceu mais de metade das deslocações realizadas a casa dos minhotos a contar para o campeonato: 31 triunfos em 59 jogos.

Zerozero

STOJILJKOVIC E ROMÁN ESTÃO DE VOLTA

Concluído o último treino antes do embate com o SL Benfica, Paulo Fonseca elaborou uma convocatória que inclui 19 jogadores e na qual se destacam os regressos de Stojiljkovic e de Joan Román. Em sentido contrário, Rui Fonte não é opção pelo facto de estar cedido pelas águias e Crislan também não foi chamado, uma vez que não treinou este domingo e está a recuperar de uma contusão na coxa esquerda.

Assim, estão convocados para o encontro relativo à 11.ª jornada da Liga NOS os seguintes jogadores:

Kritciuk, Boly, André Pinto, Wilson, Luíz Carlos, Joan Román, Baiano, Djavan, Rafa, Stojiljkovic, Hassan, Filipe Augusto, Pedro Santos, Ricardo Ferreira, Alan, Vukcevic, Mauro, Marcelo Goiano e Matheus.

PAULO FONSECA: “JOGADORES ACREDITAM QUE PODEM VENCER O BENFICA”

O desafio entre o SC Braga e o Benfica já mexe fora das quatro linhas. Os gverreiros recebem, esta segunda-feira, os encarnados e querem segurar o terceiro posto da classificação. Já o emblema lisboeta viaja até ao Minho para tirar os bracarenses do pódio. Factos que fazem deste jogo o mais importante da 11.ª jornada. O treinador do SC Braga, Paulo Fonseca, deixou claro que a sua equipa respeita o adversário, mas acredita que pode conquistar os três pontos. “Queremos confirmar o bom momento que atravessamos, revelando a qualidade e coragem que temos evidenciado quando defrontámos adversários com este estatuto. O plantel está confiante e estes jogadores acreditam que podem vencer o Benfica”, disse.

O Benfica é o campeão em título e o SC Braga vem de uma série de seis jogos sem perder para o campeonato. Afinal, quem é o favorito? “A única coisa que posso garantir é que o SC Braga vai entrar com a mesma ambição que entra para todos os jogos. Não mudámos em função da qualidade do adversário. Temos a nossa identidade e os princípios bem definidos. Não vamos alterar a nossa ideia por jogar com o Benfica”, revelou.

Num momento em que SC Braga e Benfica estão separados por dois pontos, Paulo Fonseca não intromete os minhotos num ringue onde vê um combate ingrato. O terceiro posto é uma consequência do bom trabalho e não uma obrigação, assim o diz o técnico dos bracarenses. “A questão da luta pelo terceiro lugar é utópica. Não queremos iludir ninguém. Os nossos objetivos estão definidos e são claros, passam pelo apuramento para as provas europeias na próxima época ficando, no mínimo, no quarto lugar”, atirou.

Quanto ao Benfica, Paulo Fonseca deixou elogios à equipa de Rui Vitória negando, assim, a tese de crise no seio encarnado. “Não me parece que o Benfica esteja assim tão debilitado. É um exagero a análise que se faz. Perdeu, de facto, dois jogadores importantes, mas também se reforçou com grandes valores. Estamos a falar de uma equipa que se apurou para os ‘oitavos’ da Liga dos Campeões a uma jornada do final da fase de grupos. Temos, ainda assim, de perceber que saiu um treinador que esteve no comando durante seis anos e nada se muda de um dia para o outro. Para tudo é preciso tempo”.

O treinador dos minhotos aproveitou o uso da palavra para pedir a presença dos adeptos no Estádio Municipal de Braga. “Estou certo que os nossos adeptos estarão em grande número. O apoio deles é fundamental e aquilo que nos têm transmitido é digno de se ver. Temos sentido imenso o seu apoio e acredito que esta segunda-feira estarão, mais uma vez, do nosso lado”, finalizou.

O encontro entre SC Braga e Benfica está marcado para esta segunda-feira, às 21 horas.

SCBraga

“A minha mulher já me disse que sou mais bonito”

As semelhanças entre a passagem de Paulo Fonseca pelo F.C. Porto e a estreia de Rui Vitória no Benfica levaram, ontem, o técnico do Braga a fazer uma revelação curiosa e que serviu para desanuviar a pressão, em véspera da visita das águias à pedreira. “Constroem-se teses sem conhecimento profundo, mas sobre essa comparação, tenho a dizer que a minha mulher já me disse que sou mais bonito do que o Rui Vitória. Só tenho pena é que a minha voz não seja tão grossa”, gracejou Paulo Fonseca. Na antevisão do jogo, o técnico considerou “um exagero” dizer que o Benfica está mais fraco e acrescentou: “Só porque perdeu dois jogadores importantes, o Maxi e o Lima? Para o lugar do primeiro tem um internacional A, o Nélson Semedo, e contratou dois avançados de grande qualidade, pelo que acho injusto dizer que esteja menos forte”. “A minha preocupação é prepararmo-nos para defrontar um adversário de grande qualidade, que vem aqui com o intuito de vencer”, prosseguiu Fonseca, fechando o capítulo: “Uma equipa em crise não conseguiria de forma clara, antes do fim, o apuramento na Liga dos Campeões. No campeonato está mais longe, mas estamos ainda no começo”. Em relação ao jogo europeu com o Slovan Liberec, Paulo Fonseca convocou Stojiljkovic e Román, mas além de não contar com Rui Fonte, também Crislan voltou ao lote dos lesionados e fica de fora. No onze inicial, Kritciuk volta à baliza e Stojiljkovic ao ataque. Além das duas mexidas “certas”, é possível que também Baiano seja o lateral direito, em detrimento de Marcelo Goiano.


Arsenalistas seguram vantagem

O Vitória de Guimarães demonstrou muito nervosismo, falhando situações claras, a mais flagrante a cinco minutos do fim. Com o único golo, logo no início, o Braga teve mais domínio territorial, enquanto os vimaranenses desesperaram por marcar, tendo desperdiçado pelo menos mais duas vezes o golo. As mesmas ocasiões dos bracarenses, que, sem enjeitarem os ataques, preferiram segurar a vitória.

JN

Paulo Fonseca vs. Rui Vitória. O último título do FC Porto passou por aqui
Sp.Brga- SL BenficaVantagem é do técnico minhoto com uma Supertaça pelo meio. A psicologia de um duelo que extravasa o relvado

PAULO PAULOS De um lado, Paulo Fonseca. Do outro, Rui Vitória. O duelo mais apetecível da 11.ª jornada da I Liga tem o condimento especial de voltar a pôr frente a frente dois dos mais credenciados elementos da nova vaga de treinadores portugueses. Entre Paços de Ferreira, o Minho e o banco de um dos grandes, os técnicos de Sp. Braga e Benfica têm vindo a percorrer caminhos muito parecidos. Quem os conhece bem diz que as semelhanças não se esgotam aí: são ambos especialistas na motivação do plantel, fundamentalistas da posse de bola e promotores de um futebol vincadamente ofensivo. Qual apresentará melhores argumentos para vencer o embate de amanhã?
A história parece dar vantagem a Paulo Fonseca. Em nove confrontos entre ambos, ao leme de equipas seniores, o timoneiro dos arsenalistas, de 44 anos, nunca foi derrotado. É uma espécie de “besta negra” para Rui Vitória. Tudo começou na época 2011-2012, quando o Aves de Paulo Fonseca eliminou (nos penáltis) o V. Guimarães de Rui Vitória da Taça de Portugal. Desde então, somou quatro vitórias sobre o atual treinador das águias – uma pelos pacenses, três já ao serviço do FC Porto – e ainda quatro empates, sempre enquanto Rui Vitória orientava os vimaranenses.
A única ocasião em que Vitória levou a melhor sobre Fonseca foi logo na primeira vez que se cruzaram, num encontro de juniores em que o Benfica derrotou o Estrela da Amadora, corria o ano 2006. Voltariam a defrontar-se na mesma temporada, desta feita para um empate. Mas o duelo mais marcante entre ambos terá sido para a Supertaça, em 2013, quando Paulo Fonseca liderou os dragões na conquista daquele que ainda é o último título do palmarés do FC Porto e o único do treinador, derrubando o V. Guimarães por pesados 3-0. Hoje, as posições invertem-se: Rui Vitória, 45 anos, terá a primeira oportunidade de se impor a este rival com a artilharia que treinar um dos três grandes oferece. Bons psicólogos André Leão foi treinado por Rui Vitória e Paulo Fonseca em Paços de Ferreira e só tem coisas boas a dizer sobre ambos. Uma delas é que são exemplares na forma como motivam o grupo. “Nisso são muito parecidos. Gostam de acompanhar os jogadores de forma muito próxima”, recorda ao DN o médio, agora no Valladolid. “Rui Vitória é um treinador muito positivo em tudo o que diz e faz. Aproxima-se muito dos jogadores e consegue que eles façam o que ele quer sem os pressionar muito. Por isso tem tido tão bons resultados com os jovens”, argumenta André Leão. “O Paulo Fonseca também se aproxima muito, mas de outra forma. Gosta de definir metas para os motivar, como objetivos de pontos”, explica.
Com a eliminação da Taça, aos pés do Sporting, ainda fresca na memória, é forte a curiosidade para saber como vai o Benfica apresentar-se animicamente em Braga. “Dá para ver que, apesar de tudo, o Rui Vitória ainda tem os jogadores do lado dele. Basta ver a forma como falam. Nem os suplentes se queixam”, desdramatiza André Leão. Vítor, outro médio português radicado em Espanha, também passou pelas mãos dos dois treinadores e partilha da mesma opinião. “Rui Vitória sabe gerir muito bem as emoções dos jogadores, tanto nos bons como nos maus momentos. Acho que é o ponto forte dele. Basta olhar para as reações dos jogadores do Benfica. Mesmo quando perde, a equipa tem sabido dar resposta no jogo seguinte”, considera o jogador do Reus. Vídeos de motivação Vítor conta que Fonseca e Vitória “são ambos muito fortes no aspeto mental, bastante otimistas, tentam sempre realçar o que há de melhor em cada um”. As estratégias é que variam. “Lembro-me de uma altura em que não estávamos muito bem e íamos defrontar o Olhanense, em 2010-11. O Rui Vitória decidiu fazer um vídeo de motivação. Tinha palavras dele e imagens de vários golos e jogadas nossas. Foi o clique. Ganhámos 1-0, com um golo meu. A partir daí, tudo mudou. Acabámos em 7.º lugar e fomos à final da Taça da Liga”, revela André Leão.
Paulo Fonseca era mais original. “Houve um momento decisivo quando fomos jogar ao Estoril. As coisas estavam a correr bem, mas ele achava que podíamos fazer melhor ainda.


Treinadores transmitem confiança para jogo na Pedreira
Rui Vitória diz que só está a pensar no triunfo, ao passo que Paulo Fonseca quer confirmar “bom momento” no jogo com águias

DUELO O apuramento para a fase seguinte da Liga dos Campeões garantiu confiança à equipa do Benfica para o jogo de hoje em Braga. Essa foi a imagem dada ontem pelo treinador Rui Vitória em conferência de imprensa. Elogiou o adversário, mas garante que, mesmo com várias ausências, os encarnados vão jogar para ganhar.
“Sabemos que é um jogo difícil, mas não temos outro caminho senão jogar para ganhar, para procurar a vitória frente a um adversário difícil. Não temos outra forma de encarar o jogo e ao representarmos este clube vamos entrar para ganhar sejam quais forem os jogadores. Por vezes os azares de uns são a sorte dos outros”, disse Rui Vitória, garantindo ter uma “relação perfeita” com o presidente Luís Filipe Vieira: “A relação interna é muito boa, na resolução dos problemas que sempre surgem. Temos uma perfeita relação: sei o que ele pensa e ele sabe o que penso”, disse o técnico que poderá contar com Fejsa e Clésio para o jogo desta noite, dado que estão recuperados de lesão e foram convocados.
Mas se do lado do Benfica a confiança está em alta, também do lado do Sp. Braga não parece haver razões para temer o Benfica, tendo em conta o discurso do treinador Paulo Fonseca. “Queremos confirmar o bom momento que atravessamos. Vamos defrontar uma equipa que luta pelo título e que tem ambições diferentes das nossas. No entanto, não nos vamos esconder, pois ambição não vai faltar aos meus jogadores, eles não vão olhar ao estatuto do Benfica”, disse o técnico, que não quis fazer qualquer tipo de comparação entre o seu ano ao serviço do FC Porto e o primeiro de Rui Vitória na Luz: “Constroem-se teses sem conhecimento profundo, mas em relação a essa comparação, tenho a dizer que a minha mulher já me disse que sou mais bonito do que o Rui Vitória...”
Taarabt estreia-se com derrota
Entretanto, o internacional marroquino Taarabt estreou-se ontem oficialmente com a camisola do Benfica num jogo da equipa B. O médio foi titular no onze de Hélder Cristóvão, mas teve uma exibição discreta, até ao minuto da sua substituição, aos 59’. Os encarnados acabaram por perder por 3-1 na receção ao Famalicão.

DN

“GANHAR? AMBIÇÃO NÃO FALTA"
Treinador garante que vai jogar para vencer, mas continua a afirmar que pensar no terceiro lugar é “utópico”. A Europa sim, é primordial

Físico: “vamos estar mais bem preparados do que quando defrontámos o FC Porto” “A minha mulher disse-me que eu sou mais bonito do que o Rui Vitória”
Paulo Fonseca
Treinador do Braga

Para o treinador do Braga, vencer o Benfica “motivará” ainda mais a equipa. No entanto, Paulo Fonseca também disse que não acredita num adversário fragilizado. E explicou porquê



Paulo Fonseca voltou a apresentar-se na sala de Imprensa sem medo das palavras: respondeu a tudo, sempre com grande abertura, e até brincou quando O JOGO lhe perguntou se o atual momento que Rui Vitória está a viver no Benfica é semelhante ao que teve de lidar, há dois anos, no FC Porto.

Qual é o objetivo do Braga para este jogo?
—Queremos confirmar o nosso bom momento, revelando a mesma qualidade e coragem que já tivemos quando defrontámos adversários com este estatuto. Vamos encontrar pela frente uma boa equipa, que luta pelo título e tem aspirações diferentes das nossas. Mas, não nos vamos esconder nesse facto, que é o de não termos a pressão de lutar pelo primeiro lugar, até porque ambição é algo que não falta a estes jogadores.

Partilha da opinião que este Benfica está mais fraco do que na época passada?
—Não me parece que o Benfica esteja assim tão debilitado como se diz... Essa análise é exagerada. Vamos dizer que estão mais fracos porque perderam o Maxi e o Lima, quando têm, para essas posições, um internacional A [Nélson Semedo] e ainda contrataram mais dois jogadores de grande qualidades para o ataque [Jiménez e Mitroglou]? O Benfica não está menos forte. Houve, sim, uma mudança de treinador; saiu um treinador que esteve durante seis anos no clube, que deixou uma marca, e a verdade é que as coisas não acontecem de um momento para o outro.

Tem dito que o Braga é a equipa que melhor jogar em Portugal. Isso faz da sua equipa favorita para este jogo?
—Não mudamos em função do adversário ou do estádio em que jogamos, mas a questão de luta pelo terceiro lugar é utópica. Não quero iludir ninguém. Os nossos objetivos, definidos no início da época, mantêm-se: queremos o apuramento para as provas europeias e alcançar, no mínimo, o quarto lugar.

Encontra semelhanças entre o que Rui Vitória está a passar no Benfica e aquilo que viveu na sua passagem pelo FC Porto?
—No futebol constroem-se teses sobre tudo, muitas vezes sem um conhecimento profundo das situações. Em relação às semelhanças, até posso dizer que já pensei seriamente nisso, mas a minha mulher descansou-me logo: ela disse-me que eu era mais bonito do que o Rui Vitória – a mulher do Rui dirá a mesmo sobre ele. Para além disso, a minha mulher também me disse, com muita pena minha, que não tenho a voz grossa como o Rui [risos]. Agora, um pouco mais a sério: não são situações comparáveis.

Para o Benfica, este jogo está a ser visto como uma final. Isso é bom ou mau para o Braga?
—A forma como o Benfica está a encarar o jogo não é uma preocupação minha.

Mas uma equipa em crise nunca conseguiria, a uma jornada do fim, qualificar-se de uma forma tão clara na fase de grupos da Liga dos Campeões. É verdade que o campeonato está mais distante para o Benfica, mas também ainda falta muito para acabar.
Uma eventual vitória frente ao Benfica será muito motivadora?
—Objetivamente, valem os mesmo três pontos de um outro jogo qualquer. Apesar disso, não há como esconder que ganhar ao Benfica não é a mesma coisa que ganhar a um clube que não lute pelo título.


ELOGIOS PRÉVIOS AO ÁRBITRO

Há dois dias, António Marques, presidente da Assembleia Geral da SAD, disse esperar que as queixas do Benfica sobre arbitragem não prejudiquem o Braga no jogo desta noite. Paulo Fonseca considera que essas preocupações são legítimas, mas também garantiu que não está muito preocupado comum eventual condicionamento do árbitro. “Há quase dois anos que não falo sobre arbitragens... Não digo que não o faça, mas vou tentar manter-me fiel a esse princípio. Mesmo assim, entendo que é legítimo que as pessoas do Braga pensem dessa forma... Não queremos ser apanhados no meio desta guerra entre os clubes de Lisboa”, disse, antes de passar aos elogios a Hugo Miguel: “Vamos ter um árbitro de grande qualidade, que não se deixa perturbar por estes ambientes, e tenho a certeza de que no final do jogo vamos ouvir falar de tudo menos da arbitragem. Compreendo a questão, também é uma preocupação minha, mas estou relativamente descansado”, acrescentou.



CRISLAN VOLTOU A PARAR

Limitado por uma contusão na coxa esquerda, Crislan não treinou ontem e não vai jogar. O avançado chegou a estar em dúvida para a receção ao Liberec, mas acabou por entrar na convocatória, tendo saltado do banco de suplentes na segunda parte para marcar o segundo golo da vitória, confirmando o apuramento dos bracarenses para os 16 avos de final da Liga Europa.



CONVOCADOS LISTA COM JOAN ROMÁN

A inclusão do espanhol Joan Román foi a grande novidade na lista de convocados do Braga, por troca com o compatriota Aarón Níguez, por opção técnica. Como se previa, também o avançado sérvio Stojiljkovic foi chamado e deverá alinhar de início na partida com o Benfica, compensando assim a ausência de Rui Fonte, que não é opção pelo facto de estar cedido pelas águias.



VITÓRIA GRONINGEN BATEU O DEN HAAG

Adversário do Braga na Liga Europa, o Groningen recebeu e venceu o Den Haag, por 2-1, na 14.ª jornada da liga holandesa. A partida começou mal para o Groningen, que sofreria um golo de Duplan aos 24 minutos, mas depois assistiu-se a uma reviravolta no marcador, com Beugelsdijk a fazer um autogolo e Danny Hoesen, já nos descontos, a fazer o 2-1.



PREVISÃO MEIA CASA E BASTANTE FRIO

Apesar de o jogo ter sido agendado para as 21h00, o Estádio Municipal não deverá encher. Sem certezas quanto ao número de bilhetes que o Benfica terá vendido aos seus adeptos, os responsáveis bracarenses apontam para meia casa. Segundo a meteorologia, quando a bola começar a rolar, a temperatura andará pelos seis, sete graus positivos... O frio da época.



“O Benfica já não se sente acolhido”
Quim é do tempo em que se via “mais adeptos benfiquistas” do que arsenalistas em Braga e sentiu na pele a inversão

A prever um “jogo crucial” para o Benfica, o guardião dá conta de um Braga “muito forte no plano tático” e a praticar um “futebol agradável”. “Isso não se verificava na época passada”, junta
Quim assinala o crescimento do Braga

A Pedreira tornou-se há algum tempo um suplício para o Benfica. Entre outras más recordações, foi lá que os encarnados falharam o apuramento para a final da Liga Europa, em 2011, e a derrota sofrida na época passada, para o campeonato, só confirmou essa tendência negativa. Ex-jogador do Braga e Benfica, Quim tem duas explicações para a proeminência caseira (e não só) dos arsenalistas. “O Braga deixou de ser uma equipa do meio da tabela. Como luta pelos lugares europeus, bate-se de igual para igual com os três grandes, seja na Pedreira, seja noutros estádios. E o Benfica tem-se ressentido desse crescimento. Não é caso único, porque o Braga já foi empatar nesta época ao Dragão. Por outro lado, o Benfica estava habituado a um ambiente acolhedor em Braga e agora depara-se com uma plateia esmagadoramente bracarense”, assinala.
O internacional português fala com conhecimento de causa e saúda o crescimento dos minhotos. “Cheguei a representar o Braga numa altura em que se calhar havia mais adeptos do Benfica do que bracarenses no estádio. Isso mudou e o Benfica ressentiu-se dessa perda”, estima, dizendo-se encantado com a equipa de Paulo Fonseca. “É um Braga muito forte em termos táticos e que pratica um futebol agradável, o que não se verificava na época passada. Isso deve-se à forma de trabalhar do treinador”, constatou.
O contexto desta noite será tudo menos propício para o Benfica e o guardião do Aves defende mesmo que uma eventual derrota poderá ser o princípio do adeus ao título. “Será um jogo crucial. Em caso de resultado negativo, será muito difícil ao Benfica encarar o resto do campeonato. Prevejo um jogo com poucos golos, porque as duas equipas são muito fortes taticamente”, sustentou, elogiando, ao mesmo tempo, a consistência defensiva do Braga no campeonato. “É mérito do Kritciuk e dos jogadores de campo, porque uma equipa deve começar a defender a partir dos seus avançados. Porém, o quarteto defensivo e o guarda-redes têm estado num nível muito elevado.”


JOGOS
299
Com 299 partidas, Quim é o atleta mais utilizado da história do Braga em provas oficiais. Foi duas vezes campeão nacional ao serviço do Benfica



A torcer pelo recorde de Alan

A seis partidas de ser ultrapassado pelo capitão Alan como jogador mais utilizado de sempre pelo Braga, Quim torce, de forma desportiva, pelo ex-companheiro brasileiro. “Algum dia eu teria de ser apanhado por alguém, mas não seria nada fácil, porque nesta altura os jogadores mantêm-se pouco tempo no mesmo clube. Ficarei muito feliz que o Alan alcance o meu registo, porque sempre deu muito ao Braga. E que esta não seja a sua última época. Tem grande qualidade e isso tem-se notado. É um jogador fantástico”, assinalou.

O JOGO

DIFÍCIL ERA HAVER GOLOS...


“Dou os parabéns aos meus jogadores, fizeram tudo para vencer”
Abel
Treinador do Braga
“Era importante pontuar. Estivemos bem defensivamente”
Pedro Hipólito
Treinador do Atlético

Braga B e Atlético empataram ontem a zero, num jogo em que a primeira e única oportunidade de verdadeiro perigo surgiu já nos descontos, aos 91 minutos, quando Ogana, sozinho na pequena área, rematou no... ar, depois de uma excelente jogada individual de Joca. Numa partida em que o Braga B se viu “reforçado” com Alef e Rodrigo Pinho, da formação principal, o nulo justifica-se por aquilo que as equipas nunca foram capazes de fazer: construir uma jogada com princípio, meio e fim. No confronto de ontem, em que as defesas estiveram sempre por cima, foi ainda bem evidente a falta de confiança das duas equipas, que atravessam uma crise de resultados depois de um arranque de temporada bastante promissor.

O JOGO

Vitória não se assusta com ausências, Fonseca não se esconde
Com margem de erro quase nula no campeonato, o Benfica surge hoje desfalcado em Braga para um teste de alto risco

Cumpridos a meio da semana com sucesso os objectivos europeus, Sp. Braga e Benfica fecham a 11.ª jornada da Liga, num jogo em que a pressão estará quase toda do lado dos “encarnados”. Embora com uma partida em atraso, os bicampeões nacionais têm dois pontos a menos que os bracarenses e oito que o Sporting, líder do campeonato, e novo deslize pode ditar, ainda antes do Natal, o fim do sonho do “tri” para os benfiquistas. Sem Luisão, Samaris, Salvio, Sílvio e Nelson Semedo, Rui Vitória teve a boa notícia de que já pode contar com Fejsa. Paulo Fonseca tem menos problemas.

O historial contra o treinador rival é negativo (nenhuma vitória em nove duelos), o momento de forma do adversário não é animador (apenas uma derrota nos últimos 13 jogos) e a lista de ausências é motivo para dores de cabeça, mas Rui Vitória garante que os “encarnados” vão “entrar para ganhar” em Braga, “seja com que jogadores for”.

Sem um trio que em condições normais faz parte dos “intocáveis” (Luisão, Samaris e Salvio) e com as duas primeiras opções opões para a lateral direita indisponíveis (Sílvio e Nelson Semedo), o treinador do Benfica respirou de alívio com o regresso de Fejsa. O sérvio recuperou de lesão e deverá substituir Samaris, resolvendo o problema do meio-campo defensivo — André Almeida terá de tapar o buraco na direita da defesa. Para além das questões físicas e disciplinares, Rui Vitória terá mais um grande problema para resolver: a qualidade do adversário. “O Sp. Braga é uma equipa bem organizada, que está a ter bons resultados”, começou por analisar o técnico, que, embora mostre “o máximo de respeito por uma equipa que tem valor”, assegura que os minhotos vão “encontrar um Benfica” ambicioso.

Sobre a importância da partida Vitória diz que “ainda vai acontecer muita coisa no campeonato”, mas, apesar de tentar tirar “carga dramática” ao actual momento benfiquista, o treinador admite que existe pressão: “A pressão no Benfica é elevada, mas é a de ter de ganhar. Ninguém nos vai dividir internamente.”

A atravessar uma excelente fase a nível de resultados e exibições, o Sp. Braga quer “confirmar o bom momento” contra o Benfica. Paulo Fonseca diz saber que vai “defrontar uma equipa que luta pelo título” e que “tem ambições diferentes”, mas garante que os bracarenses não se vão “esconder”. “Ambição não vai faltar aos meus jogadores. Não vão olhar ao estatuto do Benfica.”

Rui Fonte, titular a meio da semana para a Liga Europa, e Crislan, que marcou frente ao Slovan, vão falhar a partida, mas o sérvio Stojiljkovic será um reforço de peso para Fonseca.

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